Bando que furtou chineses vendia bolsas Chanel de R$ 30 mil no zap
Policiais civis flagraram a ostentação dos criminosos após os furtos. Pilhas de dinheiro e acessórios caros eram fotografados pela quadrilha
atualizado
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Audaciosa e movida pela ganância, a associação criminosa especializada em invadir e roubar casas de famílias chinesas pelo país costumava ostentar grandes quantias em dinheiro, bolsas de grifes internacionais e relógios caros.
Com autorização judicial, investigadores da Coordenação de Repressão a Crimes Patrimoniais (Corpatri), da Polícia Civil do Distrito Federal, analisaram os aparelhos celulares dos presos no âmbito da Operação Xangai, deflagrada pela Divisão de Repressão a Roubos e Furtos (DRF) na quarta-feira (17/3).
Em fotos, áudios e vídeos enviados por meio do WhatsApp, os criminosos presos pela PCDF conversam sobre os valores das bolsas de marcas famosas como Prada, Louis Vuitton e Chanel. “Olha aí, só bolsa de R$ 30 mil”, diz um dos líderes do grupo, que atuava desde 2015 e havia praticado furtos em São Paulo, Ceará, Pernambuco, Santa Catarina e Minas Gerais e no DF.
O Metrópoles teve acesso a vídeos, mensagens de texto e áudio nas quais os integrantes da quadrilha ostentam pilhas de dinheiro, cofres arrombados das vítimas, além de relógios que chegam a custar R$ 100 mil. Num dos áudios, a companheira de um dos criminosos diz que vai “acender uma vela” para proteger o amado, já que o furto havia sido “muito bom”.
Veja vídeo:
O esquema
De acordo com as investigações conduzidas pela DRF, a associação criminosa, formada em parte por jovens de classe média, especializou-se em assaltar 25 casas e apartamentos onde vivem famílias chinesas, em várias regiões do país.
Os bandidos invadiram sete apartamentos no Distrito Federal, sendo quatro em Águas Claras, dois no Guará e um em Taguatinga. No total, foram subtraídos mais de R$ 800 mil das vítimas. Na operação de quarta-feira (17/3), dois mandados de prisão preventiva foram cumpridos em Campo Grande (MS) e outros dois em Brasília. Uma ordem judicial de prisão temporária foi realizada em São Paulo, onde também houve a execução dos mandados de busca e apreensão.
Veja fotos:
Todos os presos foram indiciados por associação criminosa e por sete delitos de furto qualificado. Essa é a terceira ação da DRF que alcança bandidos especializados em furto e roubo a casas de chineses. A Operação Xangai é desdobramento das operações Chengdu e Pequim, ambas deflagradas pela DRF.