Bandidos que mataram padre usavam joias roubadas. Veja imagens
Um dos presos estava com cordões que pertenciam ao sacerdote. Outros objetos de valor também foram encontrados em mochilas
atualizado
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Em sigilo, investigadores da 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte) conduzem as apurações sobre o latrocínio do polonês Kazimierz Wojno, conhecido como padre Casemiro, da Paróquia Nossa Senhora da Saúde, na 702 Norte. O crime ocorreu na noite de 21 de setembro. Durante o cumprimento dos mandados de prisão, os policias apreenderam algumas das joias roubadas após a execução do crime. Alguns dos bandidos detidos usavam cordões que pertenciam ao religioso. Outros objetos de valor do sacerdote estavam nos bolsos e dentro de uma mochila.
O Metrópoles teve acesso a algumas fotos dos acessórios subtraídos da casa do pároco. As imagens mostram um dos suspeitos com um dos itens roubados – uma corrente com medalha que representa São Jorge. Em outra, o mesmo adorno aparece sendo pesado em uma balança digital, que aponta 65,3 gramas. Peritos do Instituto de Criminalística (IC) ainda analisam se os objetos são de ouro ou outro metal valioso.
Os agentes apuram se antes de serem presos os acusados pretendiam vender ou se já haviam repassado algumas das peças levadas da residência do pároco. Ainda há joias, relógios e itens supostamente de ouro e prata que não foram não localizados.
Crime bárbaro
Estrangulado na noite de 21 de setembro, o padre Casemiro foi encontrado com os pés e as mãos amarrados e com um arame em volta do pescoço. Também apresentava lesão na cabeça. O corpo do religioso estava do lado de fora da casa paroquial, que fica nos fundos da igreja. Na ocasião, o governador Ibaneis Rocha (MDB) declarou luto oficial no Distrito Federal em homenagem ao sacerdote.
Estão presos Alessandro de Anchieta Silva, 19 anos, que não possui histórico criminal; Daniel Souza da Cruz; e Antonio Willian Almeida Santos, 32, nascido em Januária (MG) e com passagens por homicídio e tráfico de drogas. O quarto envolvido – que pode ser um adolescente – ainda não foi capturado.
Antônio teria sido o mentor do crime – e não Daniel, como os investigadores suspeitaram inicialmente. O mineiro escolheu um sábado para cometer o roubo porque a região tem menos movimento de pessoas. Inclusive, fez a divisão de tarefas com os comparsas.
A ideia do bando era praticar o crime por volta das 17h, durante a missa, mas o plano deu errado porque eles não conseguiram arrombar a porta da residência do religioso. Então, esperaram até que alguém se aproximasse. Tão logo o caseiro chegou ao local, foi rendido. Em seguida, o padre acabou dominado quando entrava na casa. Ele havia acabado de celebrar a missa e ainda estava de batina.
Os criminosos amarraram ambos com arames lisos. As vítimas foram mantidas em pé. Enquanto Alessandro, Antônio e supostamente um adolescente rendiam o padre e o caseiro, Daniel foi o encarregado de ir até o segundo pavimento do recinto procurar objetos de valor que pudessem ser negociados posteriormente.