Bandidos deixaram R$ 6 mil após explosão de caixas no anexo do Buriti
Em entrevista coletiva, a PCDF informou que ao menos três pessoas participaram da ação na sede do GDF, na madrugada desta terça (24)
atualizado
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Pelo menos três autores participaram da ação no anexo do Palácio do Buriti, sede do Governo do Distrito Federal, em que foram explodidos dois caixas eletrônicos, por volta de 3h40 desta terça-feira (24/7).
Veja vídeo que mostra a explosão dos caixas eletrônicos:
Cerca de R$ 6 mil foram deixados pelos bandidos no local da explosão. Não há estimativa do valor levado e a notícia de que os caixas eletrônicos haviam sido reabastecidos momentos antes é falsa. As informações foram divulgadas pela Polícia Civil do DF, em entrevista coletiva, na tarde desta terça.
Os equipamentos estavam instalados na área do restaurante dos servidores. Assim que soube da ocorrência, por meio da Secretaria de Segurança Pública do DF, agentes foram direcionados ao lugar e iniciaram o trabalho de investigação preliminar, coleta de dados e perícia.
As dificuldades do caso, segundo os policiais, estão no modus operandi de crimes relativos a explosões de caixas eletrônicos. Vestígios destruídos, horário de ação e profissionalismo dos autores atrasam a atividade investigativa.
Segundo uma testemunha, ouvida pelo Metrópoles, um morador de rua que dormia no local foi rendido pelos bandidos na hora do assalto. Na manhã desta terça, o homem teria sido levado pela Polícia Civil para prestar depoimento.
“Foi uma cena que jamais vou esquecer. Um barulho muito alto. Meu ouvido dói até agora. Vi um homem saindo com fuzil. Ele deu três disparos. Um acertou a lâmpada do poste”, declara um vigia de carros, testemunha da explosão. A ação revela que os bandidos não se intimidam em agir nas barbas do poder.
A reportagem apurou que o acesso ao anexo do Palácio do Buriti fica sem vigilância durante a madrugada. Uma guarita, a 200 metros do local, é o único ponto de vigilância.
Insegurança
Reportagem do Metrópoles mostra que o sentimento de insegurança atormenta os moradores de Brasília. A ação dos bandidos na sede do GDF reforça essa sensação.
Mesmo com a redução dos indicadores de criminalidade computados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), o brasiliense não tem percebido melhoria da segurança nas ruas nem mesmo em casa. Não é por acaso.
Só no mês de junho, 40 pessoas foram assassinadas no DF. Durante todo o primeiro semestre, a Polícia Militar (PMDF) atendeu 196.893 ocorrências – uma média de mais de mil casos por dia. Os números da Polícia Civil são parecidos: 204.679 registros de janeiro a junho de 2018, indicando média diária de 1,1 mil.
Apesar de nem todos os casos serem de assaltos, multiplicam-se histórias de cidadãos sob a mira de bandidos. Muitas vezes, a vítima tem se defendido por conta própria, colocando os criminosos para correr (prática desaconselhada pela polícia). Relatos espalham ainda mais o medo e aumentam o desassossego pelas cidades do DF.
Aguarde mais informações.