“Bandido aqui não se cria”, diz Ibaneis sobre falsos advogados
Criminosos usavam nome de grandes escritórios de advocacia, como o do governador, para dar golpes. PCDF fez operação contra quadrilha
atualizado
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O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), elogiou a operação da Polícia Civil (PCDF) contra uma quadrilha especializada em aplicar o golpe do falso advogado. O grupo criminoso utilizava o nome de escritórios de advocacia renomados, inclusive o do emedebista, para enganar as vítimas.
“Com a polícia qualificada que nós temos no DF bandido aqui não se cria”, afirmou Ibaneis durante agenda pública no Palácio do Buriti. “Faço meu agradecimento muito especial aos trabalhadores da polícia da 5ª DP, que fizeram toda essa apuração, e ao Poder Judiciário, que determinou essas buscas. Fraude sempre existe. Nós vamos ter que continuar combatendo”, assinalou.
Ibaneis ressaltou que está afastado do escritório desde quando assumiu o Governo do Distrito Federal, em 2019. Mas soube do caso em conversas com sócios. “Não foi só o meu escritório. Outros escritórios que atuam na área dos servidores públicos, que trabalham com precatórios, também foram vítimas do golpe”, comentou.
O grupo criminoso especializado no golpe do falso advogado foi desarticulado pela Operação Fallere, na manhã desta sexta-feira (8/11). Segundo as investigações, a quadrilha também usava o nome de autoridades públicas do alto escalão.
Veja:
Pelas redes sociais, o escritório Ibaneis Associados soltou uma nota de alerta sobre o golpe, dizendo que “não solicita depósito de valores para fins de recebimento de precatórios” (foto abaixo).
A operação é conduzida pela 5ª Delegacia de Polícia (área central de Brasília). Os estelionatários são alvo de 12 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 7ª Vara Criminal de Brasília, no Ceará e em Pernambuco.
O gatilho da investigação partiu de uma cliente de um grande escritório, que transferiu dinheiro para um falso advogado.
Como o grupo agia
As vítimas eram induzidas a transferir dinheiro para a conta de uma pessoa física, a título de “custas”, para o levantamento de alvarás e recebimento de valores disponíveis, supostamente oriundos de vitórias em ações judiciais.
Para conferir maior credibilidade ao golpe, os estelionatários utilizavam números de processos reais.
A princípio, o grupo criminoso conta com seis participantes. Segundo a PCDF, eles responderão pelos crimes de falsa identidade, estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Caso sejam condenados, todos poderão cumprir penas superiores a 20 anos de prisão.