Bancária adota cadela que foi estuprada por morador de rua no DF
Depois do sofrimento e de ficar internado com suspeita de lesão em órgãos, animal recebeu alta e, nesta quinta-feira (11/4), foi adotado
atualizado
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Menos de um mês após ser estuprada por um morador de rua no Paranoá, a cadela Veruska ganhou um novo lar. Depois do sofrimento e de ficar internado com suspeita de lesão em órgãos, o animal recebeu alta e, nesta quinta-feira (11/4), foi adotado.
De acordo com a advogada da ONG Adoção São Francisco, Ana Paula Vasconcelos, a mudança só trará benefícios para a cadela. “Ela ainda está em um estado de observação. Não pode entrar em contato com outros cães nem ser vacinada. Mas ir para um lugar fora da clínica é bom para ela”, afirma.
A responsável por oferecer um novo lar para Veruska é a bancária Leila Marques Figueira, 34. Moradora da Asa Norte, ela diz que se comoveu com o caso. “Fiquei chocada quando fiquei sabendo do que aconteceu. Cheguei a comentar que, se ela não achasse uma família, eu adotaria. Como ninguém foi atrás, tomei a decisão de acolhê-la”, conta.
Agora, a bancária diz que continuará com o tratamento que o animal precisa, para que Veruska possa se recuperar 100%. “Ela tem bastante energia, mas ainda terá que ficar um mês sem descer. Neste momento, é continuar dando os remédios. Comprei um tapete higiênico para que ela possa fazer as necessidades. Ela merece um descanso depois de tudo o que passou”, comenta.
Relembre o caso
Um morador de rua foi preso em flagrante pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), no dia 25 de março, por abusar sexualmente da cadela. O crime ocorreu próximo à rodoviária do Paranoá e foi denunciado por quem passava no local.
Algumas pessoas que ouviram o animal uivar chamaram uma viatura da PMDF que circulava pelas redondezas.
Ao chegarem ao local, os PMs flagraram o morador de rua J. P. S., 47 anos, praticando o ato sexual. Ele foi preso e levado à 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), e responderá por maus-tratos previstos na Lei de Crimes Ambientais. A pena varia de 3 meses a 1 ano.
Já a cadela foi acolhida pela ONG Projeto Adoção São Francisco e conduzida para o Hospital Veterinário Dr. Antônio Clemenceau, na Asa Sul.