Babydoll de Nylon e Rejunta: Carnaval do DF foi debaixo de chuva
A tempestade que caiu sobre Brasília na tarde deste sábado (2/3) fez os foliões fugirem das festas
atualizado
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O Babydoll de Nylon que ocorre neste sábado (2/3), no estacionamento do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, começou debaixo de chuva. O tempo fechado não afastou os brasilienses que estão a fim de curtir o bloco. Segundo informações da Polícia Militar, a festa reunia 20 mil pessoas por volta das 16h50.
A expectativa da organização era receber 50 mil foliões na edição de 2019. A chuva voltou a cair forte às 17h, aproximadamente. O temporal fez o público se dispersar do estacionamento do estádio e correr em busca de abrigo – e antecipou o fim da festa, que estava marcado para as 18h.
O Asé Dudu, em Taguatinga, ficou completamente esvaziado por conta do temporal. A reportagem do Metrópoles foi ao local e constatou a ausência de público. Apenas a Polícia Militar, o Detran e a organização estavam presentes no Taguaparque na tarde deste sábado (2).
No Setor Bancário Norte, os organizadores esperavam 11 mil pessoas para acompanhar o bloco Rejunta Meu Bulcão. Entretanto, o local também foi atingido por uma forte chuva, obrigando os foliões a se abrigarem abaixo da marquise dos prédios. O tempo ruim afastou os foliões e, por volta das 16h, a PM estimava apenas 100 pessoas no local.
O Babydoll de Nylon seguiu a (curta) tradição criada pelo bloco: homens vestidos com a roupa feminina e, a cada vez que toca a música de Robertinho do Recife, o público dá a volta atrás do trio elétrico.
O casal Andrey Pastorini e Sabrina Borges esteve no último desfile do Babydoll de Nylon, em 2017. Os dois gostam de prestigiar o Carnaval da cidade. Ela é brasiliense e ele, gaúcho.
“Ela fica me regulando, não me empresta as lingeries caras para vir aqui”, brincou Andrey, que tem 2 m de altura. “Neste ano está mais organizado, o local é maior e a chuva não atrapalha. Acho que o apito é um bom formato de defesa ou de pedido de ajuda”, avaliou Sabrina.
Natália de Moraes e Eduardo Corrêa foram à folia com o cachorrinho Raul. “A gente veio em todos os anos, e a gente sempre melhora a fantasia a cada Carnaval”, informa Eduardo. Em 2017, eles estavam combinando, com uma produção de Rainha de Copas.
Sobre levar o cachorrinho, Natália contou que o pet é grudado aos donos. “Ele é muito apegado a nós dois, resolvemos trazer em vez de levar para hotel. Ele está curtindo, muita gente veio dar carinho”, revelou.
Os amigos Fernando Costa e Ricardo Almeida não usaram baby-doll. Apostaram em adereços dourados e muito glitter. “Retratamos uma fase boa da vida, de mudança de aura. Trouxemos brilho e ousadia. Acho que a fantasia tem isso de refletir de fora como estamos por dentro”, explicou Fernando.
Entre as fantasias femininas, as tiarinhas de “Oi, sumido”, “O PT destruiu a minha vida” e “Jennifer” – a música de Gabriel Diniz que bombou no começo de 2019.
Na unidade da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), até o momento, nenhuma ocorrência foi registrada. Diversas folionas foram ao local para pegar os apitos; o som dos objetos será utilizado para indicar situações de assédio.
O retorno
Em 2018, o Babydoll de Nylon não desfilou, deixando o público da cidade saudoso do bloco. A agremiação tem sido, ao longo dos últimos anos, uma das mais populares do Distrito Federal. Em 2015, 50 mil foliões curtiram a festa. Em 2016, foram 60 mil pessoas reunidas para aproveitar o evento. A última edição atraiu 160 mil pessoas, quebrando recorde de público do evento.