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Avós acobertaram matador de aluguel que assassinou fazendeiro a tiros

Além dos avós, o pai do suspeito e uma vizinha tentaram enganar os policiais. Os quatro foram presos com o foragido

atualizado

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Prisão - Metrópoles
1 de 1 Prisão - Metrópoles - Foto: Divulgação / PCGO

Os avós paternos de um matador de aluguel foragido deram refúgio e tentaram acobertar o criminoso no município do Novo Gama (GO), no Entorno do Distrito Federal. O assassino é suspeito pela morte de um fazendeiro a mando da filha e do genro do produtor rural. A encenação não despistou os policiais e o acusado foi preso.

Segundo a Polícia Civil de Goiás (PCGO), o suspeito, Henrique da Silva Lima Mendonça, estava escondido em um bairro extremamente carente da cidade goiana nos arredores de Brasília. Quando os policiais chegaram ao local, o matador tentou se camuflar. Além da avó e do avô, o pai do criminoso e uma vizinha tentaram enganar os investigadores dizendo não saberem do paradeiro de Henrique.

“Falaram que ele [Henrique] tinha passado lá há duas semanas. A vizinha falou que ele tinha saído em um carro vermelho há três dias”, contou o delegado Peterson Amin, responsável pelo caso. “O avô disse que pegou Covid e estava com a memória muito ruim e que, se tivesse visto o neto ontem, não lembraria”, completou.

Veja:

 

O delegado alertou os presentes que se alguém estivesse mentindo seria preso. Os policiais seguiram com as buscas e encontraram o suspeito escondido em um depósito de pneus e tralhas do lado da casa. “A porta estava acorrentada. É como se fosse um cômodo vazio. Fizeram para tentar dissimular o local”, detalhou o delegado.

Mendonça estava foragido pelo crime de homicídio duplamente qualificado. Segundo a PCGO, a filha e genro do fazendeiro morto queriam a herança do produtor rural, estimada em R$ 3 milhões. Os avós, o pai e a vizinha responderão por crime de favorecimento pessoal.

A prisão é um desdobramento da Operação Supplicium, conduzida pela Delegacia de Campinorte com apoio da Unidade de Inteligência de Uruaçu (18ª DRP) e da Polícia Militar. O fazendeiro foi morto em 1º de abril de 2024, na zona rural de Campinorte (GO).

Segundo o delegado, com a prisão, o assassinato do fazendeiro está 100% desvendado. De acordo com Peterson, após a prisão, Henrique teria confessado o crime. “Fechamos tudo agora. Não ficou nenhuma ponta solta”, afirmou. Henrique teria sido contratado para matar o fazendeiro e chamou dois comparsas para armar a emboscada.

Teste

Além da confissão, o suspeito contou detalhes do crime. “Ele falou tudo. Disse que testaram a arma no dia em que mataram o fazendeiro. Pegaram seis munições do .38 e deram quatro disparos. Sobraram duas balas e foram as duas que mataram o fazendeiro”, contou e delegado.

Segundo o delegado, a arma teria sido levada pelo genro da vítima. O .38 teria sido apresentado em uma reunião com a participação da filha do fazendeiro. Na hora do teste, perto do local do crime, estariam presentes apenas Henrique e o genro.

A Justiça não decretou a prisão preventiva dos dois comparsas contratados por Henrique. Um deles está preso por outro crime: estupro de vulnerável. O segundo responderá em liberdade. “Foi um dos casos mais complexos que nossa equipe já pegou, porque foram 9 meses de investigação”, conclui.

Herança milionária

Segundo a PCGO, a herança do fazendeiro incluía 20 alqueires de terra, 110 cabeças de gado, quatro imóveis em Campinorte e uma quantia em dinheiro em conta bancária.

 

 

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