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Autoridades do DF discutem sobre a prevenção da violência contra a mulher

Orientações de como agir e quem procurar em casos de agressões ou ameaças contra as mulheres foram repassadas no bate-papo

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Brasília (DF), 07/01/2018  Violencia contra mulher  Local:  Fot
1 de 1 Brasília (DF), 07/01/2018 Violencia contra mulher Local: Fot - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Figuras importantes ligadas à Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSPDF) se reuniram, na tarde desta sexta-feira (6/11), por meio de uma transmissão ao vivo nas redes sociais, para abordar um tema de suma relevância na sociedade: o combate a violência contra a mulher.

A coordenadora de Prevenção Orientado à Violência Doméstica e Familiar (Provid), da Polícia Militar, tenente Adriana Vilela, e a delegada Adriana Romana, da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher II, da Polícia Civil debateram a importância da denúncia e o tratamento não revitimizador realizados pelas corporações no DF.

O encontro, mediado por uma jornalista da pasta, teve o pontapé inicial dado pela tenente Vilela. Através da oficial, foi apresentado a importância do Provid, presente em todas as regiões administrativas do DF, e a forma como ele atua na prevenção dos casos de agressões a mulheres.

“Temos um acordo cooperação técnica com o Tribunal de Justiça. As varas enviam para o Provid os casos de agressão. Assim, agiliza o acompanhamento”, revela.

Com os dados em mãos, os policias iniciam o processo de compreensão do que acontece no determinado lar. “Na primeira visita fazemos o contato telefônico, perguntamos se podemos marcar”, conta.

Daí em diante, os policias começam a fazer uma visita sistemática, para prestar segurança. “É mais uma forma dela se sentir segura”, complementa.

Além do contato com o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), a equipe do Provid pode receber o caso de outros órgãos. “Não é apenas uma única visita. Acontece até aquela situação se encerrar e diminuir drasticamente”, diz a tenente.

O programa

“É feito um plano de segurança junto com as vítimas, o telefone do batalhão é deixado, orientações para onde fugir caso o agressor apareça são repassadas”, explica Vilela.

Em 2020, segundo a policial, foi quebrado o recorde de acompanhamentos em relação ao ano passado. “Batemos os número de visitas em 2019. Esse ano, já foi feito mais de 10mil visitas, com 1600 vítimas atendidas”, detalha.

“Se a mulher falar que não quer, não pode forçar a barrar. Mas a receptividade é muito alta”, dispara.

Como agir em situações assim, já vem sendo trabalho por mais agentes dentro da corporação. “Na formação policial é tratado o assunto. Com o tempo ele entende que é diferente e vai saber atender melhor. É uma ocorrência que exige uma atenção diferente das outras”, finaliza a tenente da PMDF.

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Delegacia da Mulher

Em seguida, no bate-papo, ainda centrado no combate a violência contra a mulher, foi a vez da participação da delegada Adriana Romana.

Ela explicou que além dos canais tradicionais e presencialmente, a denúncia pode ser realizada através da delegacia eletrônica. “É através dela [da denúncia] que vamos conseguir evitar que o pior ocorra”, diz.

Ela destaca as mudanças que a Lei Maria da penha trouxe para as mulheres. “Quando entrei na polícia no ano de 2006. A vítima e o agressor era levado para a delegacia. Não havia medidas protetivas, ‘vou na delegacia denunciar e volto pra casa com ele’, aponta.

No entanto, com a chegada da lei, segundo chefe da DEAM, o agressor está ciente de que se descumprir as medidas protetivas, é possível pedir pela prisão preventiva do agressor.

“Todas as delegacias estão de portas abertas para fazer esse tipo de registro, todos os policiais estão aptos para prestar o atendimento”, declara.

Inaugurada há cinco meses, em Ceilândia, a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher apresenta bons frutos. “Percebemos um aumento gradativo no registro de ocorrências. As mulheres estão encorajadas em buscar o atendimento policial”, diz.

“A violência doméstica é um problema de todos, não só problema daquele casal. Hoje percebemos que essa cultura está mudando”, finaliza a delegada da unidade.

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