Aulas presenciais na rede pública do DF serão obrigatórias; reposição será caso a caso
O ensino presencial será retomado em 31 de agosto. Os alunos que não comparecerem levarão falta, que poderá ser reposta remotamente
atualizado
Compartilhar notícia
A rede pública de ensino do Distrito Federal se prepara para receber cerca de 470 mil estudantes no modelo presencial. Depois de cinco meses com as portas fechadas para conter o avanço do novo coronavírus, os colégios reabrirão a partir de 31 de agosto.
A fim de manter um modelo seguro de distanciamento nas salas de aula, as turmas serão divididas. Em uma semana, metade vai para a escola, enquanto a outra parte acompanhará os ensinamentos pelo Google Sala de Aula, em casa. Na semana seguinte, ocorre a inversão.
Na rede privada de ensino, os pais poderão escolher se os filhos voltam para o ambiente presencial ou permanecem somente com as aulas a distância. Já na pública, a presença no colégio é obrigatória – o estudante que não comparecer às atividades na escola levará falta. E pode até reprovar, caso o número de ausências ultrapasse 25% da carga horária a ser cumprida.
Porém, como é um período de pandemia e ainda existe insegurança dos pais, a Secretaria de Educação analisará caso a caso as motivações que levaram às faltas. Após conversa com o professor e autorização da direção do estabelecimento educacional, a aula remota será uma opção de reposição do dia presencial perdido. Para isso, o estudante terá de apresentar tarefas demonstrando conhecimento adquirido por meio das plataformas on-line.
Grupos de risco
Só podem seguir o modelo 100% remoto aqueles que integrarem o grupo de risco para a Covid-19. Esses serão ensinados pela internet ou por meio de material impresso, no caso dos que não tiverem acesso à rede mundial de computadores.
A aprovação dos estudantes no ciclo 2020-2021 se dará pela junção de fatores: presença nas aulas, entrega de atividades e avaliação do docente de cada caso exposto, de acordo com as necessidades dos estudantes.
“O compromisso da Secretaria de Educação é, em primeiro lugar, com a saúde de estudantes, professores e demais integrantes das comunidades escolares. A pasta vem acompanhando a curva da pandemia. Nenhuma decisão será tomada de forma a prejudicar alguém”, frisa a pasta por meio de nota.
O Secretário de Educação do DF, Leandro Cruz Fróes, mantém em sua sala o monitoramento constante da curva do coronavírus no Distrito Federal. Ele fará avaliações semanais da situação na capital e do impacto nas escolas para tomar decisões.
Retomada
A Secretaria de Educação vai começar a retomada do ensino presencial com os grupos de estudantes da Educação de Jovens e Adultos e da Educação Profissional, no dia 31 de agosto. Em 8 de setembro, será a vez do ensino médio. Em 14 de setembro, voltam os anos finais do ensino fundamental e, em 21 de setembro, os anos iniciais. A educação infantil só retoma as atividades presenciais em 28 de setembro. A educação precoce e classes especiais, em 5 de outubro.
O ano letivo, de forma remota, foi retomado em 13 de julho, quando a frequência começou a ser aferida por meio da realização de atividades.
Para o retorno, a Secretaria de Educação vai testar os 72 mil profissionais da área para identificar se há infecção pela Covid-19. Esses exames serão feitos na segunda quinzena de agosto.
Em 27 de julho, o GDF começou a higienização e a desinfecção das escolas. Mais de 50% delas já receberam as equipes do Sanear DF.
Cerca de 470 mil estudantes e 72 mil profissionais da educação já estão cadastrados na plataforma para as semanas em que tiverem aulas remotas. Desde o primeiro dia do retorno do ano letivo, valendo frequência, de 13 de julho até o dia 29 de julho, a plataforma teve 2.279.909 acessos de alunos e 406.700 de professores.