metropoles.com

Áudios. “Espero que você sofra muito”, disse pai após sequestro

As mensagens foram encaminhadas para a mãe e a avó pelo homem que confessa ter matado o próprio filho, de 1 ano e 11 meses

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
WhatsApp-Image-2019-12-04-at-12.58.52-1
1 de 1 WhatsApp-Image-2019-12-04-at-12.58.52-1 - Foto: null

Áudios da discussão entre Tatiana da Silva, Paulo Osório e a avó de Bernardo, depois de a criança ter sido sequestrada pelo pai na Asa Sul, reforçam a suspeita de que o crime foi planejado. O funcionário do Metrô-DF, de 45 anos, está preso e confessou ter matado o filho, de 1 ano e 11 meses.

Nos áudios, Paulo faz ameaças nas gravações, enquanto Tatiana implora, junto a avó da criança, para que ele devolva o menino. O motivo da discussão teria sido dinheiro, que seria direcionado a uma poupança feita para Bernardo. Paulo chama as duas de arrogantes e não diz onde está o menino. “O negócio é dinheiro? pode ficar com seu dinheiro, eu não preciso dele, não. Eu só quero o meu filho, quero o Bernardo”, diz a mãe do menino, desesperada.

17 imagens
Menino foi levado pelo pai de creche na Asa Sul
Preso na Bahia, Paulo Osório confessou ter matado o próprio filho
Bernardo era fruto de relacionamento entre Paulo e Tatiana da Silva
Remédio usado por Paulo Osório para dormir foi dado ao garoto, segundo o próprio pai
1 de 17

Bernardo, de 1 ano e 11 meses

Material cedido ao Metrópoles
2 de 17

Menino foi levado pelo pai de creche na Asa Sul

Material cedido ao Metrópoles
3 de 17

Preso na Bahia, Paulo Osório confessou ter matado o próprio filho

Material cedido ao Metrópoles
4 de 17

Bernardo era fruto de relacionamento entre Paulo e Tatiana da Silva

Material cedido ao Metrópoles
5 de 17

Reprodução
6 de 17

Remédio usado por Paulo Osório para dormir foi dado ao garoto, segundo o próprio pai

PCDF/Divulgação
7 de 17

PCDF/Divulgação
8 de 17

No quarto onde Bernardo ficou com o pai, na 712 Sul, foi encontrado o copinho que Paulo teria usado para dissolver medicação

PCDF/Divulgação
9 de 17

PCDF/Divulgação
10 de 17

Mensagem encaminhada à mãe da criança, após o sequestro

PCDF/Divulgação
11 de 17

Carro de Paulo apreendido

Mirelle Pinheiro/Metrópoles
12 de 17

Igo Estrela/Metrópoles
13 de 17

Faca e biscoito achados no carro de Paulo

Igo Estrela/Metrópoles
14 de 17

Igo Estrela/Metrópoles
15 de 17

Paulo está preso

16 de 17

Helicóptero usado nas buscas

PCDF/Divulgação
17 de 17

Polícia procura por corpo de Bernardo

PCDF/Divulgação

 

Em meio a ameaças e reclamações de que o acesso ao garoto teria sido negado para ele e o pai, na época internado, Paulo usa um tom agressivo, afirmando que nem a mãe nem a avó de Bernardo iriam vê-lo novamente.

“Você vai morrer sem ver o Bernardo”, afirma ele para Tatiana.“O resto da sua vida, você vai passar sem um neto, assim como meu pai. E espero que você sofra muito, como disse que um dia eu ia sofrer”, disse, referindo-se à avó da criança.

Tatiana responde lembrando da vez que ela e a mãe sentaram com Paulo para fazer um acordo em relação a Bernardo e o homem teria recusado. Ela ressalta que nunca impediu o acesso do pai ao filho. “Você pegava o Bernardo a hora que queria, quando que a gente não deixou o Bernardo ver seu pai, a gente tentou visitar ele no leito de morte e você não deixou. A gente nunca fez nada contra você, você é maluco”, comentou Tatiana, nas gravações.

Confira os áudios na íntegra:

A mãe de Tatiana interfere na briga, mandando um áudio pedindo para que ele devolvesse Bernardo e iria buscar uma solução na Justiça. “Eu não sei por que esse ódio de mim, Paulo, não te fiz nada. Só peço para você deixar eu viver mais um pouco com meu neto, ponha a mão na consciência. Você nunca precisou fazer isso. Eu sei que não vai fazer nada de mal, sei que é um bom pai… mas por favor, deixa a mãe com o filho dela”, pede a avó.

Confira o momento em que Paulo confessa ter jogado o corpo do filho no mato:

Delegado fala sobre o caso que chocou Brasília nesta quarta-feira (04/12/2019):

Ao desembarcar em Brasília escoltado por policiais, o agente de estação do Metrô-DF Paulo Roberto de Caldas Osório, 45 anos, deu detalhes de como matou o próprio filho Bernardo, de apenas 1 ano e 11 meses. Demonstrando raiva e frieza, relatou que deu medicamentos controlados para a criança e jogou o corpo às margens da BR-020, a cerca de 600 km de Brasília. “Agora é só um corpo. Passei e não vi ninguém na rua, o joguei no mato e saí”, confessou.

Segundo ele, a intenção era dar um “susto” na mãe da criança, com quem teve um relacionamento, segundo a PCDF, e na ex-sogra. “É uma pessoa que não tem emoção. Se refere ao filho sempre como o ‘menino’. Disse que, após dar o medicamento, o garoto ficou ‘molinho’ e, ao constatar a morte, jogou o corpo em uma região de mato alto próximo a rodovia”, detalhou o delegado-chefe da Divisão de Repressão a Sequestro (DRS), Leandro Ritt, que investiga o caso.

Paulo sumiu com o filho na sexta-feira (29/11/2019) após buscar o garoto na creche na Asa Sul, como sempre fazia. Ele, porém, não devolveu a criança à mãe. Tatiana da Silva, 30, moradora do Lago Sul, registrou ocorrência. O servidor do Metrô diz ter dado à criança três comprimidos que tomava para dormir misturados em suco de uva, já na saída da escolinha.

Depois, levou Bernardo para a casa onde morava, na 712 Sul. Em seguida, segundo confessa, dispensou o corpo do menino na BR-020. Ele foi preso em um hotel de Alagoinhas, na Bahia, e foi trazido de avião para o DF. No trajeto, não deu uma palavra. Mas em depoimento, detalhou o crime que diz ter cometido. Em momento nenhum, fala o nome de Bernardo. O trata como “menino”. O corpo do garotinho ainda não foi encontrado.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?