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Áudio. Servidora é xingada em UBS do DF: “Preguiçosa e imprestável”

Caso ocorreu na UBS 1 do Cruzeiro Novo. Servidora estava almoçando quando a paciente entrou na sala, sem autorização, e começou a xingá-la

atualizado

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agressão contra a mulher
1 de 1 agressão contra a mulher - Foto: Pixabay

Mais uma servidora da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) foi verbalmente agredida no ambiente de trabalho. Nessa quarta-feira (13/12), uma técnica de enfermagem foi chamada de “preguiçosa” e “imprestável” por uma paciente que aguardava para ser atendida.

De acordo com o boletim de ocorrência registrado na 3ª Delegacia de Polícia (Cruzeiro), a técnica estava no horário de almoço, quando precisou parar e voltar ao atendimento por causa de uma outra paciente que estava grave.

Em certo momento, uma mulher entra na sala, sem pedir permissão, e começa a xingar a servidora. “Ela chegou a querer ir para cima de mim, graças a outra paciente ela recuou”, diz a servidora, que prefere não se identificar.

Ao Metrópoles a técnica em enfermagem afirmou que precisou chamar a Polícia Militar (PMDF) para controlar a paciente. “[Ela] entrou na sala, chamando de preguiçosa, de imprestável, dizendo que nós não servíamos para nada, que nós éramos um bando de preguiçosos. E eu tentando explicar para ela que eu estava atendendo uma outra paciente, mesmo assim ela insistiu e retornou na minha sala aos gritos”.

Além disso, a servidora afirmou que a segurança da UBS não interveio pois disse estar de greve. “Hoje foi comigo, anteontem foi com outro colega, noutro dia foi com outro colega e ninguém faz nada. Nós estamos cansados de tamanho desrespeito”, desabafa.

Procurada, a Secretaria de Saúde não havia manifestado sobre o ocorrido até a última atualização desta reportagem. O espaço segue aberto.

Casos recentes

Na segunda-feira (11/12), o médico Pablo Henrique de Araújo Leal foi espancado enquanto trabalhava na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Águas Lindas (GO) – região no Entorno do Distrito Federal. O profissional levou ao menos cinco socos de um acompanhante de paciente que morreu na unidade.

De acordo com o boletim de ocorrência, registrado na Polícia Civil de Goiás (PCGO), o agressor teria ficado nervoso ao receber a notícia do falecimento da esposa e acreditar que o óbito teria ocorrido por negligência médica.

O médico disse que estava na sala em que trabalha quando o homem invadiu o local e começou a agredi-lo.

Agressões frequentes

Segundo o Conselho Regional de Enfermagem do DF (Coren-DF), agressões, ameaças e xingamentos se tornaram rotina para profissionais de saúde. “O medo de quem salva vidas é constante, especialmente entre as mulheres, que são as principais vítimas”, alertou.

Saúde do DF registrou 10 mil atestados em 4 meses

O conselho afirma que, com base em dados da Polícia Civil (PCDF), no 1º semestre de 2023 houve aumento de 13% nos casos de agressões a profissionais de saúde no DF.

Levantamento realizado pelo Coren-DF, em julho de 2022, apontou que 834 profissionais de enfermagem já foram agredidos no trabalho. Do total de agredidos, 690 sofreram ofensas verbais e 144 foram vítimas de agressão física.

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