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Áudio. Pelo WhatsApp, funcionária xinga colega de “negona e macaca”

O ataque racista ocorreu por meio de um grupo do qual participam vários empregados de uma mineradora que funciona em Luziânia

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1 de 1 Rafaela Felicciano/Metrópoles - Foto: RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES? Foto ilustrativa

Um caso grave de injúria racial ocorrida dentro de uma mineradora, em Luziânia, no Entorno do DF, está sendo investigado pela Polícia Civil goiana. Uma auxiliar de serviços gerais xingou outra funcionária de “negona e macaca”. O ataque racista ocorreu por meio de um grupo de WhatsApp do qual participam vários empregados da mineradora Bom Jesus, localizada na área rural da cidade.

A mulher alvo do ataque racista tem 30 anos e começou a trabalhar no local como analista de qualidade, há cerca de dois meses. Segundo o marido da vítima, a autora das injúrias é auxiliar de serviços gerais na empresa e nunca gostou da presença da esposa na mineradora. “Foram xingamentos gratuitos, pois minha esposa nunca fez nada contra ela. Agora ela (a vítima) está abalada e chorando há dias sem parar”, disse.

De acordo com o marido, o áudio foi publicado por acaso em um grupo de WhatsApp do qual vários funcionários fazem parte. “A mensagem de voz deveria ter sido enviada apenas para uma pessoa que ela se comunicava por mensagem, mas acabou jogando o áudio (ouça abaixo) no grupo e todos ouviram”, contou.

Indiciamento

O caso está sob investigação no Centro Integrado de Operações em Segurança (Ciops) de Luziânia. O delegado Frederico Gama, que apura o crime, já colheu depoimento de duas testemunhas, além da vítima e da autora do áudio. “A conversa publicada nas redes sociais serve como materialidade da injúria. Tudo caminha para o indiciamento da autora pelo crime de injúria racial, que tem pena de seis meses a três anos de prisão, explicou.

O delegado ressaltou que a investigação ainda continua e que algumas pessoas ainda deverão ser intimadas a prestar depoimento. “Acredito que em duas semanas o caso deverá ser relatado”, garantiu. O Metrópoles ligou diversas vezes para a mineradora para ouvir um posicionamento da empresa e da funcionária acusada dos ataques.  No entanto, não houve retorno até a última atualização desta reportagem.

 

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