Áudio. Golpista do iPhone depositava envelope vazio para vítimas
Estelionatário mantinha conversas com as vítimas para ganhar tempo e evitar que denúncias fossem feitas contra ele
atualizado
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Novas vítimas do Golpista do iPhone, preso pela Polícia Civil na segunda-feira (10/02/2020), procuraram a 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul) para registrar ocorrência contra o estelionatário. Pelo menos mais três pessoas relataram ter ficado no prejuízo após negociar com Rodrigo Mascarenhas Porto Dias, 24 anos, por meio do site de vendas OLX.
O suspeito é citado em pelo menos 38 ocorrências policias, 18 delas apenas na 1ª DP. O suspeito está preso na carceragem do Departamento de Polícia Especializada (DPE).
O Metrópoles teve acesso a áudios, prints de WhatsApp e vídeos arquivados por uma das vítimas, que amargou prejuízo de R$ 4 mil após negociar com o estelionatário a venda de um iPhone.
As conversas mostram como Rodrigo agia: garantindo fazer uma série de depósitos bancários, mas sempre com envelopes vazios. Uma das táticas do estelionatário era manter as conversas com as vítimas e nunca bloqueá-las, para ganhar mais tempo e evitar que denúncias fossem feitas à polícia.
Segundo uma das pessoas enganadas, que prefere não se identificar, Rodrigo sempre buscava convencer as vítimas que pagaria pelos aparelhos. “Em vários momentos, ele mandava áudios dizendo que estava nas agências bancárias fazendo o depósito, mas sempre com envelopes vazios. Ele fotografava o recibo de depósito, mas o dinheiro jamais entrava na minha conta”, contou.
Em outros momentos, o golpista filmava o envio do envelope. “Era mais uma forma de enganar as vítimas com os vídeos dos envelopes sendo depositados nos caixas eletrônicos”, explicou.
Ouça o golpista agindo:
Lucro
O suspeito, que teria faturado pelo menos R$ 70 mil com os golpes, era investigado havia dois meses por praticar os estelionatos contra anunciantes do site OLX. Os policiais identificaram que Rodrigo procurava pessoas que haviam anunciado telefones celulares do tipo iPhone e, se dizendo interessado na compra dos aparelhos, marcava encontros com os anunciantes.
Após ver o celular, o autor simulava o pagamento e encaminhava à vítima um comprovante de agendamento de transferência eletrônica. “Sem perceber que se tratava de um agendamento, a vítima entregava ao autor o aparelho, que, posteriormente, cancelava o agendamento realizado deixando a pessoa no prejuízo”, explicou o delegado adjunto da 1ª DP, Ataliba Neto.
O rapaz foi preso no âmbito da Operação Manzana, que quer dizer maçã (símbolo da Apple), em espanhol.
Veja vídeo:
