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Áudio. Estelionatários aplicam golpes no DF se passando por policiais

Utilizando jargões policiais, os criminosos garantiram que “mandariam viaturas” ao local para prender as vítimas que atendiam ao telefonema

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Homem e telefone
1 de 1 Homem e telefone - Foto: Reprodução/Istock

Um novo golpe praticado por estelionatários do Rio Grande do Sul chegou ao Distrito Federal e passou a ser acompanhado pela Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC). Um dos golpistas, sem imaginar que falava com o delegado-chefe da unidade, ameaçou prendê-lo, caso não recebesse uma transferência bancária. Os casos passaram a ocorrer com frequência nos últimos cinco dias, e vítimas procuraram a DRCC para registrar ocorrência.

De acordo com as apurações, os criminosos, que se passam por mulheres, abordam as vítimas nas redes sociais. Com a intensificação das conversas, o grupo envia a foto aleatória de uma adolescente. Em seguida, a pessoa alvo do golpe recebe a ligação de um homem que se identifica como pai da suposta menor de 18 anos. O estelionatário, então, faz ameaças, dizendo que vai procurar a polícia. Minutos depois, um segundo golpista entra em cena e liga para a vítima, apresentando-se como investigador da Polícia Civil do Rio Grande do Sul.

Usando jargões policiais e simulando até conversas por um suposto rádio da corporação, o golpista alega que a pessoa poderá responder a crimes relacionados a pedofilia e abuso sexual envolvendo adolescentes. Contudo, a situação poderia ser contornada caso houvesse o pagamento de uma determinada quantia. Na ocasião, a vítima deveria depositar o dinheiro e enviar o comprovante por mensagem para o suposto agente de polícia.

Conversa com delegado

Assustados, moradores do DF que receberam ligações dos golpistas procuraram a DRCC para relatar o caso. Um deles chegou a entregar à polícia o telefone para o qual os criminosos estavam enviando mensagens de texto e áudio. Do outro lado da linha, o golpista ameaçou o delegado Giancarlos Zuliani, afirmando que “mandaria viaturas” atrás dele, caso não se identificasse.

Em determinado momento, o criminoso suspende a conversa, porque precisa atender a uma suposta ocorrência. Trata-se, porém, de uma encenação. “Eles se fazem passar por policiais, mas são estelionatários que tentam tirar dinheiro das vítimas, ameaçando-as com um suposto caso de pedofilia. Estão fazendo ligações por meio do prefixo 51, código de área usado no sul do país. Vários moradores do DF receberam ligações desses criminosos”, explicou o delegado.

Zuliani alertou para a ação dos golpistas, que podem ter escolhido o DF por causa do grande número de servidores públicos. “Polícia Civil nenhuma do país entra em contato por telefone, cobrando supostas custas relacionadas a investigações. Trata-se de um golpe, e esses estelionatários tentam dar um ar de veracidade, inclusive, imitando os rádios comunicadores usados pelas forças policiais”, alertou.

 

 

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