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Atos golpistas: 23 PMs foram presos em 8/1 no DF. Veja todos os nomes

PMs do DF, de MG e SP foram maioria entre detidos por participações nos atos antidemocráticos. Um policial até liderou acampamento no QG

atualizado

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Manifestantes bolsonaristas invadem a Esplanada dos Ministérios e promovem atos de vandalismo e terrorismo em prédios públicos. Na imagem, eles invadem Congresso Nacional e destroem parte inferior do gramado, entrando em confronto com a polícia lesa pátria - Metrópoles
1 de 1 Manifestantes bolsonaristas invadem a Esplanada dos Ministérios e promovem atos de vandalismo e terrorismo em prédios públicos. Na imagem, eles invadem Congresso Nacional e destroem parte inferior do gramado, entrando em confronto com a polícia lesa pátria - Metrópoles - Foto: Matheus Veloso/Metrópoles

Os atos antidemocráticos de 8 de janeiro contaram com a participação de militares de diferentes esferas, como apontado por investigações em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF) e na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa. Um levantamento do Metrópoles mostra que 23 pessoas presas por atentados golpistas em Brasília têm como ocupação o cargo de policial militar.

Os detidos foram encaminhados ao 19º Batalhão da Polícia Militar, que é a unidade de custódia de presos militares. Até o começo deste mês de abril, a carceragem já recebeu 24 policiais, os 23 PMs e o ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) Anderson Torres, que é delegado da Polícia Federal. Veja nomes:

A maior parte dos detidos pelos atos relacionados ao 8 de janeiro é da PMDF. Seis policiais da corporação da capital do país acabaram atrás das grades. Um deles, Cláudio Mendes dos Santos, que é major da reserva, teve papel de destaque no acampamento que pediu por golpe de Estado em frente ao Quartel-General do Exército de Brasília, por mais de 60 dias.

Cláudio liderou a manifestação golpista usando o título para endossar discursos a favor de uma intervenção. Um dos líderes que mais discursava no palco improvisado montado em um caminhão, ele se apresentava como major Cláudio Santa Cruz e se vangloriava por ter sido do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope).

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Manifestantes bolsonarista enfrentam a polícia, invadem e destroem o Congresso Nacional
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Manifestantes bolsonaristas em ato golpista de 8 de janeiro
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Manifestantes bolsonaristas em ato golpista de 8 de janeiro

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Golpistas invadem cúpula do Congresso no 8 de Janeiro

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O PM fugiu do DF logo após a invasão aos prédios da Praça dos Três Poderes, mas acabou preso pela Polícia Federal no âmbito da 9ª fase da Operação Lesa Pátria em 23 de março. Além de Cláudio, mais cinco integrantes da PMDF foram presos:

  • – Coronel Fábio Augusto Vieira, ex-comandante-geral;
  • – Capitão Josiel Pereira César, ajudante de ordens do comando-geral;
  • – Major Flávio Silvestre de Alencar, investigado por liberar o acesso dos extremistas ao STF;
  • – Tenente Rafael Pereira Martins, investigado por omissão;
  • – Coronel Jorge Eduardo Naime, ex-comandante de Operações.

As corporações de Minas Gerais e São Paulo tiveram, cada uma, cinco PMs detidos. Entre esses 10, há nomes como o sargento Carlos Ibraim, que é suplente de vereador em Doresópolis (MG), e o sargento Henrique Fernandes de Oliveira, também suplente de vereador, em Nuporanga (SP).

Foram presos ainda dois PMs da Bahia e dois da Paraíba, além de um PM do Rio Grande do Sul, do Paraná e de Goiás. Até o começo deste mês, o 19º Batalhão de PM contava com cinco militares ainda presos. Entre aqueles da PMDF, Jorge Eduardo Naime e Cláudio Mendes permanecem detidos.

MPF pede informações

Nesta semana, o Ministério Público Federal (MPF) pediu ao STF o acesso integral aos documentos e relatórios que apuram omissão de policiais militares nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. No requerimento, o órgão afirma que pretende formar um “entendimento completo do quadro probatório” dos fatos.

A apuração do MPF, por meio do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, avaliou que houve uma “incapacidade operacional” da PMDF no dia dos atos. Segundo o entendimento do grupo, isso aconteceu, principalmente, por três fatores: o afastamento simultâneo dos principais oficiais da PM no período, a ausência de atuação efetiva dos substitutos e a “omissão dolosa das tropas” que estavam em campo no momento das invasões.

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