Atos de vandalismo terminam sem presos e deixam prejuízos na área central de Brasília
Atos de grupos bolsonaristas terminou com 8 veículos incendiados e outros prejuízos materiais em Brasília. Não há detidos até o momento
atualizado
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Os atos de vandalismo provocados por grupos de bolsonaristas, na noite dessa segunda-feira (12/12), terminaram sem presos e deixaram diversos prejuízos na área central de Brasília. Além de ônibus e carros incendiados, a cidade amanheceu com equipes da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) em frente ao prédio-sede da Polícia Federal (PF), para reforçar a segurança da região.
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Questionada novamente a respeito de prisões após o quebra-quebra, a corporação respondeu, na manhã desta terça-feira (13/12), que “as informações serão repassadas pela SSP [Secretaria de Segurança Pública]“.
Nessa segunda-feira (12/12), a pasta bloqueou o trânsito em alguns pontos, e o secretário do órgão, Júlio Danilo, disse “ainda não ter informações sobre eventuais presos”.
Além disso, a PMDF informou que há pontos de bloqueio nas vias com ônibus queimados, nesta terça-feira (13/12). Os trechos estão fechados para a “devida desobstrução e limpeza” dos locais, segundo a corporação.
O trânsito para veículos na Esplanada dos Ministérios está restrito, na via S1, da altura da Rodoviária do Plano Piloto até a L4. A Via N1 está interditada da alça que leva à L2 até a L4.
“O acesso à via N1 pela N2, no Ministério da Economia, também está fechado. A recomendação é de que os motoristas usem as vias S2 e N2, obedecendo à sinalização e orientação das autoridades de trânsito. O acesso à Praça dos Três Poderes também segue restrito”, destacou a Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF).
Na segunda-feira (13/12), houve relatos de passageiros que não conseguiram sair da Rodoviária do Plano Piloto, em razão dos problemas provocados pelos atos de vandalismo. Das cinco empresas que operam no DF, ao menos duas tiveram veículos incendiados, as viações Pioneira e São José.
Apesar disso, todos os coletivos da Pioneira, São José e Marechal circulam normalmente, segundo a assessoria das empresas. O Metrópoles pediu detalhes da situação dos ônibus da Piracicabana e Urbi, mas não teve resposta até a mais recente atualização desta reportagem. O espaço permanece aberto para eventuais manifestações.
O metrô não teve interferências e opera sem interrupções, segundo a Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF).
Incêndios
Em balanço divulgado na madrugada desta terça-feira (13/12), o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) fez um balanço dos atendimentos na ocasião. O quebra-quebra seria supostamente motivado, segundo alguns bolsonaristas, pela prisão do líder indígena e apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) Cacique Tserere.
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O CBMDF contabilizou oito veículos danificados, cinco deles eram ônibus — dos quais quatro ficaram totalmente queimados. O primeiro chamado de atendimento ocorreu por volta das 20h30, com informações sobre um incêndio em prédio na Quadra 2 do Setor Hoteleiro Norte (SHN).
Quando chegaram ao endereço informado, os bombeiros encontraram um ônibus queimado, “que foi seguido por vários por outros incêndios em veículos”, todos em um raio aproximado de 1km, segundo a corporação.
“A manifestação foi revolta e ocasionou danos ao patrimônio público e privado. A corporação ficou muito limitada em sua área de atuação, pois, em razão da violência da manifestação, o perigo as guarnições de bombeiros era real”, acrescentou o Corpo de Bombeiros, em nota.
Depredação
Os bombeiros atenderam a dois chamados relacionados a veículos queimados no SHN, um próximo ao Conjunto Nacional, um em frente à 5ª Delegacia de Polícia (Área Central) e um, de ônibus parcialmente incendiado, no estacionamento em frente à sede da PF.
Os grupos de bolsonaristas que participaram dos atos de vandalismo ainda quebraram a vidraça da entrada da 5ª DP e depredaram um carro da unidade policial.
Em relação aos carros de passeio, um dos três automóveis queimados estava em um posto de gasolina, também no Setor Hoteleiro Norte. Na mesma área, grupos bolsonaristas espalharam botijões de gás pela via.
Um homem de 67 anos precisou de atendimento, após desmaiar próximo aos hotéis. Ele estava consciente, orientado e estável, mas reclamava de dores de cabeça, em virtude da inalação de gás lacrimogênio. A vítima foi levada para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de São Sebastião.