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Ato relembra morte do índio Galdino, 20 anos após o crime

Celebração ocorreu na noite desta quinta-feira (20/4), na Praça do Compromisso, na 703/704 Sul

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1 de 1 ato índio galdino - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A Praça do Compromisso, na 703/704 Sul, foi palco de um ato em homenagem ao índio Galdino Jesus dos Santos, na noite desta quinta-feira (20/4). Morto há exatos 20 anos, por um grupo de cinco jovens de classe média da capital federal, o líder da tribo pataxó hã-hã-hãe se tornou um símbolo da luta pelo respeito aos povos indígenas no país e foi lembrado na noite de hoje.

Durante o ato, participantes seguravam velas enquanto descendentes de índios entoavam cantos e dançavam em homenagem ao companheiro morto. “Mataram o Galdino com fogo, mas esqueceram que, para os povos indígenas, o fogo é sagrado. O que eles fizeram foi acender nossa chama de luta pela paz para o nosso povo”, afirmavam os participantes.

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Ato em memória de Galdino, no local onde crime ocorreu
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Sobrinho de Galdino, Wilson de Jesus, 52 anos, representou a família. Ele relembrou a história do tio, destacando sua força. Ao Metrópoles, disse que a luta de Galdino não foi em vão: “A mensagem que ele deixou para a gente foi de não desistir de lutar pela nossa terra. Não fosse pela força do Galdino, talvez não estaríamos aqui hoje”.

Os participantes também fizeram discursos em defesa das minorias e propuseram reflexões sobre igualdade e respeito a todos.

Relembre o caso
Galdino Jesus dos Santos foi atacado por cinco jovens no dia 20 de abril de 1997. Os responsáveis atearam fogo ao corpo do indígena que dormia em uma parada de ônibus na quadra 704 Sul, onde hoje abriga a Praça do Compromisso. Quatro responsáveis foram condenados a 14 anos de prisão por homicídio qualificado. O último, menor de idade, foi sentenciado a um ano de cumprimento de medidas socioeducativas.

 

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