Atenção, servidor: GDF vai cortar ponto de quem aderir à greve geral
Governo será rigoroso com servidores que optarem por participar das manifestações. Base de profissionais vinculados ao GDF é de 70 mil
atualizado
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O GDF vai cortar o ponto e demais benefícios dos servidores públicos que aderirem à greve geral de sexta-feira (28/4). A mobilização foi convocada por movimentos sindicais e sociais de todo o país contra as reformas trabalhista e da Previdência.
A lista inclui serviços e instituições como a Polícia Civil, a Defensoria Pública, o Instituto Médico Legal (IML), o Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Ibram), os agentes de atividades penitenciárias, a Fundação Hemocentro, o Tribunal de Contas do DF, a Câmara Legislativa e os postos do Na Hora, entre outros.A paralisação vai afetar o funcionamento das administrações regionais, secretarias e postos de saúde. Ainda na área de saúde, os serviços de emergência e urgência irão funcionar normalmente, mas o sindicato tem pedido que os profissionais trabalhem vestidos de preto.
A base de servidores ativos vinculados ao GDF é de 70 mil. Somados os profissionais de empresas públicas, o número sobe para 210 mil. O governo local avisou, por meio de nota, que irá cumprir a Lei Geral de Greve aplicada ao serviço público, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), “com regras que preveem corte de ponto e de vantagens nos dias de falta aos servidores que participarem de greves e paralisações”.
Estabilidade ameaçada
Essa não é a primeira notícia ruim que os servidores receberam na semana. O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) pretende acabar com a estabilidade dos profissionais. Para isso, protocolou projeto de lei na Câmara Legislativa que dispõe sobre as condições da perda do cargo.
A adesão à paralisação tem aumentado ao longo da semana. Profissionais de mais de 24 categorias prometem cruzar os braços. Na noite da terça-feira (25), o texto da proposta da reforma trabalhista foi aprovado, na Câmara dos Deputados, pela comissão especial montada para apreciá-la. Agora, a matéria será apreciada em plenário.
“É um anúncio do que está por vir. Todo dia tem notícia ruim contra nós, servidores. Temos visto entidades que estavam quietas e agora começam a reagir. Tem tudo para ser uma das maiores manifestações na luta pelos direitos do trabalhador”, diz Ibrahim Youssef, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Civis da Administração Direta, Autarquias, Fundações e Tribunal de Contas do Distrito Federal (Sindireta).
Veja alguns dos serviços que devem parar com a greve de sexta
O transporte público ficará paralisado por 24h, a partir da 0h do dia 28. A suspensão do serviço foi confirmada pelo Sindicato dos Rodoviários e Sindicato dos Metroviários do Distrito Federal (SindMetrô/DF).
Educação
Tanto o Sindicato dos Professores da Rede Pública do DF (Sinpro-DF) quanto o Sindicato dos Professores em Estabelecimentos Particulares de Ensino (Sinproep-DF) confirmaram adesão ao movimento. A rede pública de ensino deve aderir em massa à paralisação. Na rede particular, 20 escolas confirmaram a participação, entre elas Sigma, Marista Champagnat, Marista (Taguatinga) e Carmen Salles. Na quarta-feira (26), assembleias vão confirmar a adesão de outras instituições.
Saúde
Em nota, o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Brasília (SindSaúde-DF) confirmou que os profissionais da área vão participar da greve geral. Os serviços de urgência e emergência vão funcionar normalmente. Os profissionais, no entanto, foram orientados a trabalhar vestindo roupas pretas.
Detran
Os servidores vão suspender as atividades nos dias 27 e 28 de abril. A paralisação foi confirmada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Atividades de Trânsito, Policiamento e Fiscalização de Trânsito das Empresas e Autarquias (Sindetran-DF).
Bancos
O Sindicato dos Bancários do DF confirmou, em assembleia do dia 20 de abril, que as atividades serão paralisadas no dia 28 a partir da 0h.
Correios
A categoria fará greve geral por tempo indeterminado a partir das 22h desta quarta-feira (26/4).