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Assassinos de policial penal conheciam a vítima há mais de 10 anos

Servidor estava desaparecido havia mais de um mês. Ele foi assassinado com quatro tiros: um nas costas e três no peito

atualizado

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Policial Penal desaparecido
1 de 1 Policial Penal desaparecido - Foto: Reprodução

Familiares do policial penal de Goiás José Françualdo Leite Nobrega (foto em destaque), encontrado morto nesse sábado (6/1) na área rural de Cocalzinho (GO), disseram que os assassinos conheciam a vítima há mais de 10 anos. Três pessoas foram presas por tramar e executar o homem.

O servidor estava desaparecido havia mais de um mês. Ele foi assassinado com quatro tiros: um nas costas e três no peito. O corpo encontrava-se em avançado estado de decomposição.

“Eles estavam dentro da casa dele, já trabalhavam com ele há mais de 10 anos”, disse ao Metrópoles um parente da vítima, que preferiu não ser identificado. “Fazer isso por dinheiro foi uma covardia tremenda“, declarou.

Veja o momento da prisão de um dos suspeitos:

Entre os detidos estão dois funcionários que trabalhavam para o policial penal em uma loja de aluguel de material de construção. Um deles foi identificado como Manelito Lima Júnior,  responsável pela parte financeira do estabelecimento gerenciado por Françualdo.

Outro suspeito de ter participação na execução do servidor da segurança pública foi identificado como Daniel Amorim Rosa de Oliveira. A terceira detida é Marinalda Mendes Vieira. O papel de cada um no crime bárbaro ainda não foi detalhado pela Polícia Civil de Goiás (PCGO).

O presidente do Sindicato dos Policiais Penais de Goiás, Maxsuell Miranda das Neves, lamentou a notícia. “A categoria está de luto pela morte do nosso irmão. Françualdo era um excelente profissional e muito querido pela tropa. O que fizeram foi uma covardia muito grande, porque ele deu emprego para algumas pessoas e acabou covardemente assassinado por elas.”

Sumiço em novembro

O servidor estava desaparecido desde 27 de novembro de 2023. As informações foram confirmadas pelos parentes do policial.

“Acreditamos sinceramente que o Aldo [apelido do policial] tenha morrido por causa de dinheiro, pois Manelito e o Daniel guardavam a espécie, por volta de R$ 150 mil, e esse valor ele descobriu que estava sendo roubado”, detalhou o familiar.  “Aí ele deu uma ‘pressão’ neles, e ficou combinado de acertarem as contas no fim do mês, exatamente quando morreu”, afirmou o parente.

Morador de Águas Lindas (GO), José Françualdo trabalhava no presídio de Santo Antônio do Descoberto (GO), no Entorno do Distrito Federal.

Veja o passo a passo dos acontecimentos:

  • Antes do desaparecimento, o policial informou ao irmão que iria ao Distrito Federal buscar R$ 40 mil.
  • O servidor público foi visto pessoalmente por parentes pela última vez na tarde de segunda-feira (27/11).
  • Na terça (28/11), José Françualdo se dirigiu à capital federal.
  • O último contato dele com parentes por mensagens via WhatsApp aconteceu na tarde do dia 28 de novembro.
  • Por volta das 18h51, imagens de câmeras de segurança na DF-130, sentido Rajadinha, em Planaltina (GO), mostram o veículo do policial.
  • Horas depois, o veículo foi encontrado carbonizado na área do Núcleo Rural Três Conquistas, no Paranoá (DF).
  • Na quarta-feira (29/11), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) confirmou se tratar da caminhonete do servidor público.

Além de policial, José Françualdo — conhecido como Aldo — era empresário. Em 2021, ele abriu uma empresa no ramo de locação de equipamentos de construção, em Águas Lindas (GO), também Entorno do DF.

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