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Assassinato de padre: PCDF divulga imagem de suspeito foragido

Daniel Sousa da Cruz é acusado de ser o mentor do assalto que acabou em morte do religioso na 702 Norte

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Reprodução/PCDF
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1 de 1 suspeiro-de-matar-padre-está-foragido-capa - Foto: Reprodução/PCDF

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) divulgou a imagem de um dos suspeitos de matar o padre Casimiro, 71 anos, no último sábado (21/09/2019). Daniel Souza da Cruz, 29, está foragido e é acusado de ter envolvimento no latrocínio (roubo seguido de morte) cometido nos fundos da Paróquia Nossa Senhora da Saúde, que fica na 702 Norte. A vítima foi assassinada após a celebração da missa das 18h30.

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Daniel Souza da Cruz é suspeito de participar do assassinado do padre Casimiro

Se alguém tiver informações sobre o paradeiro de Daniel, pode acionar o 197 e fazer a denúncia de forma anônima.

Prisões

A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu, nessa terça-feira (24/09/2019), em Valparaíso (GO), dois acusados de envolvimento no assassinato de Kazimerz Wojno, mais conhecido como padre Casemiro. Um deles admitiu participação no caso. A corporação está à procura de outros dois suspeitos, entre eles, Daniel Souza da Cruz. O religioso foi estrangulado com arame, após quatro criminosos invadirem a Paróquia Nossa Senhora da Saúde e anunciarem o assalto.

As informações repassadas em coletiva de imprensa na noite desta terça, pelo delegado-chefe da 2ª DP (Asa Norte), Laércio Rosseto. Até o fim da tarde, havia a confirmação de apenas uma prisão. Com os detidos, a polícia apreendeu dois notebooks, três garrafas de uísque Red Label, um celular, um moletom, um relógio, uma corrente de ouro e chaves de carros. Parte dos itens estava na paróquia.

Um dos presos é o desempregado Alessandro de Anchieta Silva, 19, que não tinha passagens pela polícia. O outro é Antonio Willian Almeida Santos, 32. Nascido em Januária (MG), ele responde por homicídio e tráfico de drogas.

Segundo Rosseto, Alessandro admitiu a participação no crime, porém alegou que não queria a morte do padre. “Contudo ele estava na cena do crime, com uma arma de fogo. Estava disposto [a matar]”, pontuou o delegado, acrescentando que o artefato ainda não foi apreendido.

Daniel Souza da Cruz seria o cabeça do crime. “Ele já tem um mandado de prisão, então é oficialmente um foragido da Justiça”, disse Rosseto. A polícia suspeita que o quarto envolvido seja adolescente. Alessandro disse que Daniel o teria convidado para participar do latrocínio.

De acordo com o delegado, os investigadores chegaram até os suspeitos após analisarem imagens de câmeras da paróquia. “Mas o que foi fundamental mesmo é o trabalho de campo realizado pelos investigadores. Foram várias e várias horas de percursos, diligências e trabalho do Instituto de Identificação. Assim, conseguimos obter provas científicas incontestáveis que levaram à prisão temporária deles.”

Veja as imagens captadas pelas câmeras:

Para Rosseto, o crime foi premeditado. “O que entendemos é que eles estavam indo especialmente atrás desse cofre. Eles sabiam que havia o cofre lá, usaram equipamentos que existem na própria residência, de maneira que não precisaram levar nada. É um cofre de um metro e meio, de concreto e aço, com duas portas, isso indica que foi estudado. Eles sabiam o que iriam encontrar lá”, analisou.

A detenção foi feita por investigadores da 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte), com apoio da Divisão de Operações Especiais (DOE) e da Divisão de Operações Aéreas (DOA).

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Homem acusado de matar o padre Casemiro
Delegado Laércio Rosseto
Chaves de carro apreendidas pela PCDF
Cordão de ouro apreendido pela PCDF com suspeitos
Padre Casemiro foi brutalmente assassinado no sábado (21/09/2019)
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Acusado de matar o padre Casemiro

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Homem acusado de matar o padre Casemiro

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Delegado Laércio Rosseto

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Chaves de carro apreendidas pela PCDF

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Cordão de ouro apreendido pela PCDF com suspeitos

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Padre Casemiro foi brutalmente assassinado no sábado (21/09/2019)

Paróquia Nossa Senhora da Saúde/Facebook
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Padre Casemiro foi assassinado na noite de 21 de setembro, logo após celebrar uma missa

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O caso foi investigado pela 2ª DP

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O caso é tratado como latrocínio, roubo seguido de morte

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Caseiro testemunhou crime, foi amarrado e ficou com cicatrizes nas pernas

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O caseiro participou da reconstituição do crime

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Fiéis participando de missa na Paróquia Nossa Senhora da Saúde, onde aconteceu o crime

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Segundo a arquidiocese, programação de missas foi mantida em homenagem ao padre

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Padre Casemiro foi responsável pela construção da igreja

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Paroquianos ficaram chocados com o crime brutal

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Investigadores descobriram rota de fuga dos criminosos. Os suspeitos pularam a cerca da paróquia

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Padre Cristiano Soares celebrou a missa poucos dias depois da tragédia

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Comunidade ficou comovida com a barbárie

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Igreja Nossa Senhora da Saúde, na 702 Norte

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Fiéis não acreditavam na brutalidade do caso

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Igreja Nossa Senhora da Saúde, na 702 Norte

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Igreja Nossa Senhora da Saúde, na 702 Norte

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Segundo o padre João Firmino, coordenador da Comunicação da Arquidiocese de Brasília, o caso afetou muito a comunidade

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De acordo com o padre João Firmino, Casemiro tinha mais de 20 anos de trabalho no DF e era muito querido

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“Pai, você me deixou”

Os bandidos fizeram uma emboscada no momento em que padre Casemiro fiscalizava uma obra nos fundos da paróquia. Os criminosos também imobilizaram o caseiro do templo, José Gonzaga da Costa. O funcionário da casa paroquial ainda estava com a boca cheia de plástico.

“Eles amarraram muito forte o arame, que estava todo torcido. Vi o policial tentando tirar, estava muito difícil”, conta uma das testemunhas, que chegou com a polícia ao local. Ela relata, ainda, que o caseiro foi criado pelo pároco desde os 16 anos. Após ser libertado, José Gonzaga teria dito, ainda segundo a declarante: “Pai, você me deixou”.

Velório

Sob forte comoção, o padre Casemiro foi enterrado nessa segunda-feira (23/09/2019), no cemitério Campo da Esperança. O governador Ibaneis Rocha (MDB) decretou três dias de luto na cidade.

Conforme apuração policial, o padre saía de uma missa e se dirigia ao terreno da paróquia para fiscalizar uma obra no momento em que foi rendido. Os autores agiram com requintes de crueldade e usaram um arame para matar o sacerdote enforcado. Além de ter arames envoltos ao pescoço, o religioso teve mãos e pés atados e apresentava uma lesão na cabeça.

De acordo com a polícia, a casa tinha cofres modernos e os criminosos estavam preparados para arrombá-los. Sabiam onde estavam. “Tinha cofre de um metro e meio de altura”, pontuou. Os bandidos usaram uma serra tipo makita, pé de cabra, barras e picaretas.

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