Mercados tranquilizam sobre prateleiras vazias: “Delay ao repor”
Entidade afirma que a falta de alguns suprimentos é resultado de compradores mais afoitos e atraso na entrega de fornecedores
atualizado
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A Associação de Supermercados de Brasília (Asbra) reforçou, nesta segunda-feira (23/03), que os mercados do Distrito Federal não correm risco de ficarem desabastecidos de comida em função da pandemia do novo coronavírus.
Mesmo assim, brasilienses têm registrado prateleiras vazias em vários estabelecimentos da capital. No Big Box da 408 Norte (foto em destaque), por exemplo, faltavam sacos de feijão e pães.
De acordo com o presidente da Asbra, a cena é resultado do comportamento dos próprios clientes, que têm comprado mais para estocar comida durante a quarentena.
“A operação de sábado e domingo é mais baixa de abastecimento. Como houve muitas vendas na quinta, sexta, sábado e domingo, hoje [segunda] é que os mercados começaram a receber os produtos dos fornecedores. Há um delay normal entre a saída do produto da prateleira e seu reabastecimento”, explicou Gilmar Pereira.
Pereira voltou a tranquilizar a população sobre o cenário da capital: “O panorama ainda é o mesmo. Temos mercadorias para nos abastecerem dentro de até 60 dias. O DF não corre risco de ficar desabastecido”, disse.
Preços abusivos
A entidade afirmou, ainda, que monitora o trabalho de fiscalização realizado pelo Instituto de Defesa do Consumidor (Procon) nos estabelecimentos comerciais.
Desde o início das fiscalizações, Procon e DF Legal já fecharam uma farmácia e notificaram outros 377 estabelecimentos comerciais flagrados aplicando preços abusivos em seus produtos.
Ainda de segundo a Asbra, o DF só corre o risco de ficar desabastecido caso as divisas sejam fechadas.
“O DF não é grande produtor, compramos muito do Espírito Santo, São Paulo e Goiás. Se fecharem [as divisas para o transporte] já começamos a sentir alguma coisa, alguma falta de produto. Os hortifrútis, por enquanto, ainda não têm tido falta, mas se fechar atrapalha”, explica Gilmar