Às escuras, ciclovias escondem perigo na área central de Brasília
Dos 110km, estima-se que 30km não tenham iluminação própria. Doutorando de física da UnB morreu em um trecho que está às escuras
atualizado
Compartilhar notícia
Quem trafega de bicicleta à noite tem medo. Nem no coração de Brasília, as ciclovias são seguras. Segundo Renata Florentino, da ONG Rodas da Paz, os projetos entregues a toque de caixa para a Copa do Mundo na área central da capital não foram concluídos ainda, pois falta iluminação.
Os problemas maiores, segundo ela, estão nas ciclovias da W5, W1, L1 e do Eixo Monumental, onde, por volta das 20h30 de quinta (8), Arlon Fernando da Silva, o doutorando de física da Universidade de Brasília (UnB), morreu a facadas.“Tomara que, a partir desse caso, as ciclovias ganhem iluminação. Essa é uma medida de segurança pública”, cobra Renata. Segundo ela, há relatos constantes de ciclistas que são assaltados durante a noite.
O crime, que ocorreu a poucos metros do Palácio do Buriti, mobiliza boa parte dos investigadores da 5ª DP (Área Central). Até agora, ninguém foi preso. A bicicleta que a vítima pedalava foi levada após a ação criminosa. O modelo mountain bike GT Avalanche Elite, usada pelo estudante, custa de R$ 1 mil a R$ 4 mil.
Em nota, a Secretaria de Mobilidade informou que existem, no Plano Piloto, 110km de ciclovias. Destes, a pasta estima que 30km não tenha iluminação própria. “O Plano de Ciclomobilidade, lançado em agosto deste ano pelo governo de Brasília, trará mais segurança e conforto aos usuários, uma vez que prevê implantação e manutenção de ciclovias e ciclofaixas do DF, com todas as condições para o tráfego de ciclistas”, destacou a pasta.
O governo informa ainda que espera ampliar os 420km de ciclovias existentes no DF, construindo outros 218km até o próximo ano.