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Arsenal roubado: irmão de dono de loja furtou rifle e pistolas em 2023

Cinco dias antes do assalto, o irmão do proprietário foi condenado por furtar 16 pistolas, 5 revólveres e 1 fuzil do mesmo estabelecimento

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Fachada de loja de armas no DF
1 de 1 Fachada de loja de armas no DF - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

A Delta Guns, loja que foi invadida e teve 100 armas roubadas em 8 de junho deste ano, já teve outro prejuízo por armamentos perdidos. Cinco dias antes do assalto, o irmão do proprietário foi condenado por furtar 16 pistolas, 5 revólveres e 1 fuzil do mesmo estabelecimento no ano passado.

O autor do crime registrado em 2023 fazia alguns serviços para o irmão empresário, o que incluía desde a limpeza no apartamento dele até a recarga das munições. De acordo com a denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), em março de 2023, o irmão se aproveitou que o comerciante estava viajando e subtraiu 22 armas de fogo de propriedade da loja. Os armamentos estavam no apartamento do vendedor.

O ladrão chegou a confessar ter subtraído apenas 8 armas. No entanto, câmeras de segurança do prédio o flagraram deixando o apartamento com as malas nas quais os objetos estavam escondidos; ele precisou descer pelo elevador duas vezes para transportar todo o equipamento. No processo judicial, consta que apenas duas pistolas foram recuperadas.

Ele é acusado em outros processos criminais, incluindo tráfico de drogas e tentativa de homicídio. No testemunho, o homem conta que deixou, inicialmente, os armamentos na casa de dois amigos. Apesar de não afirmar diretamente, o relato do autor do crime indica que uma das residências ficaria no Entorno do DF.

O depoimento aponta que parte das armas foi levada por policiais militares de Goiás. Na semana seguinte, segundo o criminoso, um diferente grupo de PMs, agora do DF, apreendeu os outros armamentos. Com medo da situação, ele teria fugido e ficou escondido em um imóvel de Ceilândia, onde foi encontrado posteriormente.

Em 3 de junho de 2024, o juiz condenou o homem por furto qualificado, com a pena agravada pelo abuso de confiança, já que ele era parente da vítima e gozava de sua confiança. A pena final foi de 2 anos de reclusão em regime semiaberto e 10 dias-multa. Também foi condenado a pagar R$ 15.785 por danos materiais e R$ 500 por danos morais ao seu irmão. O autor dos crimes pode recorrer em liberdade.

Armas furtadas pelo irmão:

  • 3 pistolas Glock, modelo PT80, calibre 9mm;
  • 2 pistolas Glock, modelo G17, calibre 9mm;
  • 1 pistola Glock, modelo G21, calibre 45mm;
  • 1 pistola Taurus, modelo PT100, calibre 40mm;
  • 1 pistola Taurus, modelo G3 Toro, calibre 9mm;
  • 3 pistolas Taurus, modelo PT92/AFS-D, calibre 9mm;
  • 3 pistolas Taurus, modelo G2C, calibre 9mm;
  • 1 pistola Taurus, modelo PT 1911, calibre 45mm;
  • 4 revólveres Taurus, modelo RT627, calibre 357;
  • 1 revólver Taurus, modelo RT 889, calibre 38;
  • 1 rifle/carabina CBC, modelo 7022, calibre 22mm.

Furto de 100 armas em junho de 2024

O proprietário da Delta Guns havia fechado a loja em 8 de junho último, um sábado. Ele só tomou conhecimento do prejuízo dois dias depois, na segunda-feira, quando voltou ao comércio. Entre as armas levadas, estão fuzis e pistolas.

Para levar o arsenal, o grupo abriu um buraco na parede da loja vizinha e conseguiu acessar a sala do cofre onde ficavam os armamentos. Dos 100 furtados, 60 eram de longo alcance e de grosso calibre.

Investigações preliminares revelaram que o estabelecimento vizinho, por onde os bandidos conseguiram acessar a loja de armas, havia sido alugado recentemente. Todo o sistema de monitoramento por câmeras também foi levado pelos criminosos.

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Para invadir o estabelecimento, os bandidos abriram um buraco na parede da loja vizinha e conseguiram acessar a sala-cofre onde ficava o arsenal
O estabelecimento vizinho, por meio do qual os bandidos conseguiram acessar a loja de armas, havia sido alugado recentemente
Criminosos responsáveis por um dos maiores furtos de armas da história da capital do país montaram uma operação digna de filme de ação
Buraco feito por bandidos para acessar loja de armas no DF
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Alguns Colecionadores de armas de fogo, Tiro Desportivo e Caça (CACs) que haviam acabado de comprar pistolas tiveram os armamentos levados

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Para invadir o estabelecimento, os bandidos abriram um buraco na parede da loja vizinha e conseguiram acessar a sala-cofre onde ficava o arsenal

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O estabelecimento vizinho, por meio do qual os bandidos conseguiram acessar a loja de armas, havia sido alugado recentemente

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Criminosos responsáveis por um dos maiores furtos de armas da história da capital do país montaram uma operação digna de filme de ação

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Buraco feito por bandidos para acessar loja de armas no DF

Reprodução

Além disso, no fim de semana, pessoas não identificadas teriam tentado entrar no comércio, mas testemunhas acionaram a Polícia Militar do DF, e os suspeitos fugiram. A 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia Centro) apura o caso.

Loja suspensa pelo Exército

No mês passado, o Comando Militar do Planalto informou que a loja não poderia mais receber qualquer tipo de Produto Controlado pelo Exército (PCE), como armas de fogo e munições.

Em nota, o órgão afirma que o estabelecimento passou por uma vistoria após a invasão. “Foi constatado que, devido ao estado em que se encontram as instalações decorrentes da ação dos criminosos, a loja não atende mais às condições de segurança exigidas”, disse o comunicado.

O local só poderia voltar a receber armas e munições quando “as condições de segurança sejam restabelecidas e o local seja novamente vistoriado” pelo Comando Militar do Planalto.

Posicionamentos

O Metrópoles entrou em contato com a defesa dos responsáveis pela loja de armas. Em relação ao furto ocorrido em junho último, os advogados afirmaram que as investigações estão sob sigilo e que não há, no momento, outras informações a repassar.

A reportagem também procurou a Delta Guns, para pedir posicionamento sobre o furto cometido pelo irmão do dono da loja em 2023 e sobre as atuais condições do comércio. Até a mais recente atualização desta publicação, a empresa não havia respondido. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.

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