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Arroz, carnes, leite e frutas: veja os alimentos que puxam a inflação no DF

Expectativa é que valores de produtos fiquem ainda mais salgados nas prateleiras da capital, segundo Sindicato dos Supermercados do DF

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mulher faz escolhe de produtos em pratilheira de supermercados
1 de 1 mulher faz escolhe de produtos em pratilheira de supermercados - Foto: Felipe Menezes/Arquivo Metrópoles

Na hora de ir às compras, os brasilienses estão cada vez mais cautelosos. Os preços de produtos, de alimentos a produtos de limpeza aumentaram consideravelmente durante a pandemia, o que fez com que os consumidores adotassem novos métodos diante da inflação. O arroz, por exemplo, está com valor indigesto. Nos supermercados, o pacote de 5kg está custando mais de R$ 20.

Segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o grupo de produtos e serviços vinculados à alimentação e bebidas apresentou alta de 0,34% para o oitavo mês do ano. E a tendência é piorar.

O Sindicato dos Supermercados (Sindsuper) prevê um aumento nas prateleiras do Distrito Federal. “Não temos nenhuma perspectiva de queda dos preços. Mas sim, de um aumento”, pontua a entidade.

Brasília apresentou a quarta maior variação mensal em julho deste ano, dentre 13 capitais pesquisadas, com 0,55%.  Para agosto, o índice ficou em 0,08%, enquanto o acumulado de 2020 chegou a 0,12% e 1,59% nos últimos 12 meses.

O aumento de preço das carnes (3,06%), do leite longa vida (4,36%), das frutas (2,47%) e do arroz (2,22%) são os principais fatores para justificar a alta em relação ao mês anterior.

Apesar disso, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) registrou queda no valor da cesta básica do DF.

O estudo publicado no início deste mês, mostra queda de 0,11% no preço dos itens básicos para a alimentação de um adulto. Contudo, o índice refere-se ao mês de julho, o qual ainda não impactados pelos aumentos do IPCA-15.

Dinheiro que sai do bolso

A cabeleireira Mariana Bezerra, 32 anos, conta que, desde julho, adotou mudanças na rotina de compras. Deixou de fazer uma grande compra mensal e passou a comprar “de pouquinho, semana a semana”.

A consumidora revela também que prefere ir no atacado para economizar nos preços. Enquanto no mercado “se acha menos e é mais caro”, no atacado “dá para comprar de tudo”.

Para ela, os preços tiveram alta “bem drástica”. Carne bovina, peixe, embutidos, pão são alguns dos itens que, para ela, tiveram alta nos preços, “não se faz mais uma feira mensal com menos de R$ 700, sinceramente”.

Além disso, aponta que está “comendo menos, o básico”. Por conta do aumento, passou a adotar uma estratégia para diminuir os gastos “ao invés de comprar alface, tomate e as folhas todas a gente compra o que tiver na estação, um só”.

Outra estratégia, desta vez adotada pela professora Roberta Chiampi, 56, é a de comprar frutas só quando estão em promoção. “Hoje a maçã e a pera estão em promoção, R$ 8,90, por isso vou levar”.

No departamento de limpeza, conta que o shampoo dobrou de preço “de R$ 12 passou para R$ 24, subiu muito” e que apesar de encontrar em todo o lugar, o álcool em gel “está caro”. Desinfetante, Água sanitária e sabão líquido também entram na lista de aumentos.

Segundo a professora, o arroz estaria com preço bom se estivesse na faixa dos R$ 12 reais. Nesta quinta-feira (27/8), os pacotes de 5 kg atingiram valores de R$ 21,99 e R$ 19,99. Somente a marca “Cereal” era vendida a este preço, R$ 12,39. “Hoje estou no mercado, amanhã é outro preço. Aí eles falam que é promoção”, relata.

IPCA-15

Segundo o levantamento, os preços foram coletados entre 15 de julho e 13 de agosto de 2020 e comparados com aqueles vigentes de 16 de junho a 14 de julho de 2020.

O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.

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Segundo a decisão judicial, houve grave falha na prestação de serviço
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Aumento de preço das carnes foi de 3,06%

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Segundo a decisão judicial, houve grave falha na prestação de serviço

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