Arquiteto Carlos Magalhães morre, aos 88 anos, em Brasília
Pioneiro no Distrito Federal e ex-genro de Oscar Niemeyer se notabilizou pela defesa do projeto urbanístico da capital do país
atualizado
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O arquiteto Carlos Magalhães morreu, aos 88 anos, neste sábado (29/5), em Brasília.
Carlos Magalhães se notabilizou pela defesa do projeto urbanístico da capital da república e foi representante do escritório de Oscar Niemeyer na cidade. Durante o governo de José Aparecido de Oliveira, entre 1985 e 1988, trabalhou como secretário de Obras do DF e se destacou pelo combate às invasões de áreas públicas.
O arquiteto foi casado com Anna Maria Niemeyer, filha única de Oscar Niemeyer, por cerca de 20 anos e com ela teve dois filhos: Carlos Oscar e Ana Cláudia, já falecida.
De acordo com informações de amigos, o falecimento se deu em decorrência de um estouro de uma hérnia, adquirida após um acidente doméstico há cerca de 7 meses. O velório será no domingo (30/5), na capela 6, do cemitério Campo da Esperança, entre 12h e 14h. O corpo será cremado.
O alagoano chegou ao DF em 1959, já formado pela Escola Nacional de Arquitetura, do Rio de Janeiro. Entre os projetos de Niemeyer executados por ele, estão o Panteão da Pátria, na Praça dos Três Poderes, e a Casa do Cantador, em Taguatinga.
“Carlos Magalhães foi um dos maiores defensores de Brasília. A cidade perde muito com sua morte”, afirma o jornalista Silvestre Gorgulho, amigo de muitas décadas.
Conhecido por seu temperamento forte, Magalhães detestava o título de pioneiro, mas escolheu a defesa de Brasília como sua causa de vida.