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Áreas nobres de Brasília gastam até 4 vezes mais água que o razoável

Cada habitante do Lago Sul e Norte chega a gastar 800 litros de água/dia, sendo que a média recomendada pela OMS é de 100 litros. Asa Sul e Norte estão entre as que gastam muito acima da média

atualizado

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torneira, racionamento, água
1 de 1 torneira, racionamento, água - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Em estado de alerta com relação aos níveis dos reservatórios que fornecem água para a região, a população da área mais nobre do Distrito Federal tem o maior consumo de água do país. Segundo o professor da Universidade de Brasília, Sérgio Koide, doutor em Recursos Hídricos, a Asa Norte e a Asa Sul consomem o dobro do considerado razoável. Já o Lago Norte e o Lago Sul gastam quatro vezes mais.

Para a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do DF (Adasa), 150 litros diários por pessoa é um consumo considerado razoável. Já a média recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é 100 litros por habitante.

Enquanto isso, a população das Asas Norte e Sul gasta cerca de 400 litros de água por pessoa ao dia, e a dos Lagos Norte e Sul, com suas piscinas e gramados, chega a consumir mais de 800 litros de água por pessoa diariamente.

“Se pegar a população das regiões administrativas, como Ceilândia e Samambaia, o consumo é igual ao do restante do Brasil. Porém, a população mais abastada tem esse gasto exorbitante, perdulário”, explicou o professor.

O Distrito Federal é abastecido de água por dois diferentes esquemas: 85% da população recebem água de dois reservatórios, o do Descoberto e o de Santa Maria; e os outros 15% e parte dos produtores agrícolas consomem água de pelo menos cinco córregos. Esta última foi afetada este mês pelo rodízio de suspensão de água.

A parcela dos brasilienses que recebe água dos reservatórios não passou por racionamento, porém, precisa economizar para evitar a falta do líquido. Dados da Adasa mostram que o principal reservatório do Distrito Federal, o Descoberto, responsável pelo abastecimento de cerca de 65% da população, estava em estado de alerta, com pouco menos de 37% da sua capacidade de armazenamento na sexta-feira, dia 23.

Segundo Koide, esta reserva só abastece sua região por menos de dois meses, se a situação de consumo não mudar e as chuvas não vierem com boa intensidade. Enquanto isso, o Santa Maria, que abastece a outra parte da população, está com 48% da capacidade, em estado de atenção. O ideal é que as reservas fiquem acima dos 60%, para uma situação mais confortável.“Essa população (da região central de Brasília) tem que se conscientizar que está no momento de começar a rever esse consumo. Muitas dessas atitudes nem são tão difíceis, começam com um investimento pequeno como trocar o vaso antigo, colocar torneira eficiente. Para essa população do Plano Piloto e dos Lagos isso não custa caro”, frisou Koide.

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