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Após sucesso nas pistas, DJ mirim passa a sofrer cyberbullying

Com apenas 10 anos, Rebecca Rangel (a Rivka) tem sido atacada nas redes sociais. Mãe afirma que levou o caso à polícia

atualizado

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Felipe Menezes/Metrópoles
Rivka
1 de 1 Rivka - Foto: Felipe Menezes/Metrópoles

Desde que decidiu seguir carreira predominantemente de adultos, a DJ mirim Rebecca Rangel, mais conhecida como Rivka, não esperava que passaria também a ter problemas de gente grande. Ao assumir de forma oficial a paixão pelas pistas de dança, a artista de 10 anos tornou-se vítima de cyberbullying em quase todas as postagens nas redes sociais.

Internautas passaram a qualificar a menina de “chata”, “nojenta” e outros adjetivos que configuram o assédio virtual. Segundo a mãe da DJ, Valesca Rangel, as postagens vêm de perfis aleatórios. No entanto, a partir de uma investigação detalhada, foi identificada a ação de um hacker que invade contas para enviar mensagens. O caso foi denunciado à Polícia Civil.

Reprodução/Internet

 

 

“Eles [os hatters] procuram onde tem post com ela e colocam comentários. Sempre contra mim e minha filha. Imaginamos quem seja, mas prefiro que isso fique sob responsabilidade dos investigadores”, diz Valesca. Rivka tem hoje mais de 40 mil seguidores no Instagram.

A mãe afirma que entrou em contato com os donos das contas de onde partiram as agressões e a desconfiança foi confirmada. “Todos alegaram desconhecer a Rivka, muito menos serem autores dos comentários ofensivos. Utilizaram até mesmo contas institucionais para atacá-la, o que seria improvável para a imagem de qualquer empresa”, argumenta Valesca.

Um perfil contra a pequena DJ – “ForaDJRivka” – foi criado, mas deletado após o Instagram acatar denúncia de assédio virtual. Logo após, outra página fake acabou aberta: “NãoDJRivka”, sugerindo que a menina “seja banida do mundo”.

Preconceito em Brasília
Não é de hoje que a pequena Rebecca Rangel sofre agressões desse tipo. Assim que se mudou da Noruega, país onde nasceu, ela passou a ser vítima de assédio no colégio onde estudava, em Brasília. “Eu sempre gostei de piercing, de pintar meus cabelos. E, na Noruega, isso é considerado normal. Aqui no Brasil, comecei a sofrer preconceito, não vindo apenas de crianças”, relembra.

A menina revela que inclusive mães de coleguinhas barraram a amizade entre as filhas e ela por causa dos cabelos coloridos. “Levei o caso à coordenação (da escola) e nada foi feito. Decidi trocá-la de colégio para um onde ela fosse realmente respeitada”, diz Valesca. Para desabafar sobre o assédio que sofria na escola onde estava matriculada, localizada no Lago Norte, Rebecca decidiu criar uma página no Youtube.

Em pouco tempo, reuniu 7 mil seguidores na página Rebecca AG. “As crianças que sofrem bullying precisam falar com o pai e a mãe. Eles vão saber o que fazer. A minha [mãe] soube e me tirou da escola imediatamente”, aconselha a menina, em uma das postagens.

Para o caso mais recente, Valesca afirma já ter procurado autoridades em busca de descobrir a origem dos ataques. “Já temos suspeitos que passaram a ser rastreados. Estamos analisando cada detalhe e unindo provas para os advogados e policiais que estão no caso. Quem manda mensagens assim para uma menina de 10 anos é capaz de qualquer coisa. É um criminoso e precisa ser punido”, conclui a mãe da menina DJ.

 

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