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Após seis meses preso, policial civil acusado de tráfico é solto

Alexandre Duarte Mota é suspeito de integrar uma quadrilha que vendia entorpecentes na Esplanada dos Ministérios

atualizado

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O policial civil Alexandre Duarte Mota, 41 anos, acusado de tráfico de drogas, foi solto nesta sexta-feira (19/10) por determinação do juiz da Vara de Entorpecentes do DF João Batista Teixeira. O agente havia sido preso em 8 de fevereiro, ganhou a liberdade 13 dias depois, mas voltou a ser detido em 20 de abril. O servidor público conseguiu deixar o Complexo Penitenciário da Papuda, desta vez, porque o magistrado entendeu que o prazo da prisão preventiva havia vencido.

Alexandre é suspeito de integrar uma quadrilha que vendia entorpecentes na Esplanada dos Ministérios. Ele era lotado na Seção de Repressão às Drogas da 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul). A participação do servidor, a princípio, consistia na utilização do sistema interno da corporação para verificar informações restritas referentes ao grupo. O envolvimento de outros policiais foi descartado.

Na sentença desta sexta, o magistrado decidiu acolher o argumento da defesa, de que o réu “está preso há mais tempo do que a lei determina” e que ele “possui um filho de apenas 8 anos com deficit de aprendizado e a mãe da criança não possui condições neurológicas de cuidar dela”.

Ligação perigosa
A informação é de que nem mesmo os colegas de trabalho sabiam das atividades paralelas do servidor. Mota também se aproveitava do cargo para monitorar possíveis operações contra o tráfico de drogas envolvendo o grupo. O pagamento pelos “serviços”, geralmente, era feito em cocaína.

O agente trabalha na corporação há 12 anos. Tinha uma remuneração média de R$ 13 mil. Agora, ele pode responder por associação para o tráfico. Segundo as investigações, os acusados vendiam diversos tipos de entorpecentes, como escama de peixe (cocaína pura), haxixe, maconha, merla e LSD. Usavam motocicletas para entregá-los. O material vinha da Bolívia. Os traficantes atuavam somente no DF, especialmente para atender a clientela da Esplanada dos Ministérios. Entre os consumidores, jornalistas, médicos e servidores públicos, alguns de alto escalão.

Mota é primo de Carlos Alberto de Almeida Leite, 25 anos, com quem mantinha contato constantemente. O jovem, conhecido como Kaká, é apontado pela polícia como o maior fornecedor das drogas. Os comparsas buscavam o entorpecente na casa dele, na Vila Planalto, e distribuíam na região central. Ele também foi preso pela PCDF, assim como a namorada,  ex-estagiária da Procuradoria-Geral da República (PGR), Marcela Galdino da Silva, 23.

As drogas eram entregues, muitas vezes, em órgãos públicos ou nas imediações. Entre 40 e 50 pessoas foram identificadas como clientes cativos da quadrilha. Elas ainda serão ouvidas pela polícia.

Kaká e outro homem preso na operação — identificado como Rodrigo Silva Vaz, ou Passarinho — tinham lavanderias. A suspeita é de que eles usavam os estabelecimentos, localizados em Águas Claras e no Sudoeste, para “limpar” o dinheiro da droga. A PCDF vai pedir à Justiça o bloqueio dos bens do grupo.

 

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