Após queda do comando da PMDF, CPI pedirá prorrogação de 90 dias
Segundo o presidente da comissão, novos desdobramentos justificam mais prazo para a investigação legislativa sobre 8 de janeiro
atualizado
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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos na Câmara Legislativa (CLDF) quer ainda mais tempo para investigar o ataque golpista de 8 de janeiro. Os deputados pedem a ampliação da apuração em 90 dias.
O presidente da CPI, deputado distrital Chico Vigilante (PT), decidiu fazer o pedido após a revelação dos planos de explosão do viaduto da Rodoviária de Brasília. O relator deputado Hermeto (MDB) passou a considerar necessário ainda mais tempo na sexta-feira (18/8), após a deflagração da operação Incúria.
O pedido de prorrogação da CPI será apresentado à presidência da CLDF. Vigilante espera que seja aprovado na próxima semana.
“Eu sempre disse que a maioria da PMDF é correta. Mas havia envolvidas nos atos do dia 8. E ainda acho que pode ter mais oficiais”, comentou Vigilante. A operação Incúria prendeu e afastou dos cargos a cúpula da Polícia Militar (PMDF). A Polícia Federal prendeu o atual comandante-geral da PMDF, coronel Klepter Rosa Gonçalves, o ex-comandante Fábio Augusto Vieira e mais três oficiais.
Os mandados cumpridos pela Polícia Federal (PF) e pela Procuradoria-Geral da República (PGR) foram determinados pelo relator do Inquérito nº 4.923 no STF, o ministro Alexandre de Moraes. A PGR denunciou, no total, sete policiais militares ao STF por crimes omissivos impróprios, em virtude de não terem agido como deveriam enquanto representantes do Estado.
O coronel Jorge Eduardo Naime Barreto e o major Flávio Silvestre de Alencar já estavam presos. Portanto, todos os acusados estão detidos. O governador Ibaneis Rocha (MDB), decidiu que o coronel Adão Teixeira de Macedo assumirá o comando-geral da PMDF.