Após professoras testarem positivo para Covid, força-tarefa visita unidade de ensino no DF
Comissão vai produzir um relatório da unidade visitada e enviar para as Secretarias de Saúde e Educação para que possam tomar providências
atualizado
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Na manhã desta segunda-feira (9/8), a força-tarefa Ação Conjunta Covid-19, uma iniciativa que reúne instituições de saúde do Distrito Federal e a Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Câmara Legislativa do DF (CLDF), realizou vistoria no Centro de Atenção Integral à Crianças e Adolescentes (Caic) Unesco, em São Sebastião, para apurar as condições sanitárias e sobre merenda escolar, na volta presencial dos alunos da rede pública de ensino às salas de aula.
O Caic São Sebastião foi escolhido por causa das infecções de Covid-19 contraídas por professoras da unidade, na última semana. O deputado distrital Fábio Felix, presidente da CDH, participou da visita.
De acordo com o distrital, no entanto, não existe um surto de Covid-19 na unidade. “Foram dois casos confirmados. A escola tomou a decisão rápida de paralisar as atividades e isso garantiu que a comunidade estivesse protegida nesse momento”, afirmou.
Durante as diligências, Félix comentou que o objetivo da visita foi dar apoio à escola. “Sabemos que o governo tem feito um retorno presencial muito atropelado. Muitas vezes falta orientação para os gestores e isso tem gerado insegurança em um momento de ascendência de uma nova variante. Na visita podemos perceber o esforço da escola em garantir as medidas sanitárias. Tudo está adaptado nessa unidade”, detalhou.
Ainda segundo o presidente da CDH, a situação no colégio é controlada. “Apesar de ainda gerar uma insegurança na comunidade escolar. Em uma sala de aula que deveria ter 15 alunos, por exemplo, hoje, tinham apenas dois.”
Em relação ao ensino híbrido, Félix disse que há uma preocupação. “Não existe ensino ‘híbrido’. Há um rodízio de alunos, mas quem está em casa não tem acesso a videochamada da aula, recebe apenas os exercícios. Aulas de 7h15 às 11h15, e aí o professor fica presencialmente até 12h15 na escola para acompanhar quem está no ensino remoto, mas não tem computador, fazem acompanhamento pelo celular. É um acompanhamento precário”, explicou.
Agora, a CDH vai acompanhar a situação também de outras escolas, produzir um relatório da unidade visitada e enviar para as Secretarias de Saúde e Educação para que possam tomar providências .
Casos confirmados
Dois dias depois de os professores do DF voltarem às escolas públicas, na última segunda-feira (2/8), duas docentes da mesma instituição testaram positivo para Covid-19. Os casos ocorreram no Caic Unesco. De acordo com a Secretaria de Educação, uma terceira pessoa estava com suspeita de Covid e outros 13 profissionais que tiveram contato direto foram afastados do trabalho presencial.
Assim, a escola que atende, ao todo, 266 estudantes na educação infantil, teve o retorno presencial marcado para quinta-feira (5/8) parcialmente cancelado. Entre os 266 estudantes, 87 que compõem três turmas, permanecerão em atividades remotas, em razão dos afastamentos. A medida segue o protocolo da Secretaria de Saúde.
A volta dos cerca de 460 mil estudantes será feita de forma escalonada. Nesta segunda-feira (9/8), estudantes dos anos iniciais do ensino fundamental regressam ao ensino presencial. Na quinta, já tinham voltado os alunos da educação infantil.