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Após polêmica, cofres de presos do CPP são retirados da rua, no SIA

Armários foram entregues à Seape para análise e devolução dos pertences aos apenados. Caso foi revelado pelo Metrópoles

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Igo Estrela/Metrópoles
Imagem colorida de cofres de diversas cores, presos a um poste
1 de 1 Imagem colorida de cofres de diversas cores, presos a um poste - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

A Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape-DF) realizou, na manhã dessa quarta-feira (12/6), a retirada dos cofres que estavam acorrentados a um poste no trecho 4 do Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), em frente ao Centro de Progressão Penitenciária (CPP). A ação ocorreu após reportagem do Metrópoles revelar que os armários pertenciam aos próprios presos, e que as autoridades não tinham acesso ao interior dos compartimentos até então.

Após a retirada, os cerca de 30 cofres foram colocados nas dependências do CPP para que os presos possam recuperar seus pertences. As caixas também devem ser analisadas para verificar se havia algo ilícito guardado — o Núcleo de Operação com Cães (NOC), da Seape, atuará no pente-fino.

Também estiveram na operação dessa quarta o Departamento de Trânsito (Detran-DF), a Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), a Administração Regional do SIA e as polícias Civil (PCDF) e Militar (PMDF) do Distrito Federal.

A Administração do SIA afirmou, em nota, que a remoção dos cofres foi “planejada e executada visando garantir a segurança da população local e preservar a integridade dos reeducandos”. Ainda de acordo com o órgão, a operação foi deflagrada em razão das “preocupações levantadas pela comunidade local, composta por aproximadamente 300 mil pessoas que transitam diariamente na área.”

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Armários foram entregues ao CPP
Durante acompanhamento, um preso guardou um casaco
Reeeducandos reclamam que o CPP não fornece armários para guardar itens pessoais
Eles devem adentrar o CPP apenas com camiseta branca, calça jeans e chinelos brancos
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Cofres ficavam na rua, e só os presos tinham acesso

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Armários foram entregues ao CPP

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Durante acompanhamento, um preso guardou um casaco

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Reeeducandos reclamam que o CPP não fornece armários para guardar itens pessoais

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Eles devem adentrar o CPP apenas com camiseta branca, calça jeans e chinelos brancos

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Mistério e falta de estrutura

Em reportagem publicada na semana passada, o Metrópoles mostrou que os cofres eram dos próprios custodiados, não tendo sido fornecidos pelo CPP ou por outro órgão público. As autoridades afirmaram que não tinham gerência sobre os armários, embora estivessem localizados em via pública. Os compartimentos ficavam trancados, e somente os apenados do semiaberto tinham acesso. Ninguém soube afirmar o que eles guardavam.

Também à reportagem, alguns dos reeducandos do CPP comentaram que instalaram os armários porque as autoridades não lhes fornecem nenhum tipo de compartimento. Os presos vivem em regime semiaberto e têm direito à saída temporária durante o dia para trabalhar, mas não podem voltar às prisões com pertences como uniformes de trabalho ou materiais de estudo, tampouco guardar esses itens pessoais dentro do Centro, como chinelos, casacos, uniformes de trabalho — tudo que eles podem usar é camiseta branca, calça jeans e chinelos brancos.

Em nota, a Seape alega que os internos têm “todo o material indispensável para o pernoite e fins de semana nas dependências da unidade”.

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