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Após passar quatro dias ao lado do corpo da avó morta no Itapoã II, bebê de 8 meses passa bem

Criança foi atendida pelo Corpo de Bombeiros e levada desnutrida para o hospital

atualizado

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Magda Landim/Arquivo pessoal
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1 de 1 magda - Foto: Magda Landim/Arquivo pessoal

Uma menina de apenas 8 meses foi encontrada junto ao corpo em decomposição da avó no Itapoã II, quatro dias depois de a mulher ter morrido. A pequena foi levada para o hospital desnutrida, mas agora passa bem. A família – que teve que se desfazer de vários itens da residência por conta do forte cheiro – busca doações.

O fato ocorreu no dia 18 de dezembro de 2015, uma sexta-feira, quando Débora Landim, de 19 anos, voltou do Jardim Ingá (GO), onde trabalhava, para a casa da mãe, no Itapoã II. A cada dois dias, ela passava para ver a mãe e a filha no endereço. Na data, imaginou que as duas estivessem fora de casa e não estranhou a falta de resposta de Luzineide Paes Landim, 46 anos, ao tocar a campainha.

No domingo (20/12), a situação se repetiu – e Débora se preocupou com a falta de notícias da mãe. Na terça (22/12), ela voltou ao endereço com um chaveiro, mas o cenário que viu ao abrir a porta não foi o que esperava: Luzineide, que havia morrido há quatro dias, estava na cama, já em avançado estado de decomposição. A criança estava em um colchão no chão e não se mexia.

“Foi um momento de desespero. A Débora ligou para a gente e chegou até a desmaiar. Já estavam dando a N. como morta quando ela levantou a cabeça e olhou para o meu irmão”, relata Magda. Ela conta que a criança chegou a comer as próprias fezes e estava com pedaços de fralda descartável na boca, aparentemente subnutrida. A menina foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e encaminhada ao Hospital Regional do Paranoá, onde realizou diversos exames.

Magda Landim/Arquivo pessoal
A criança, quando chegou ao hospital *Magda Landim/Arquivo pessoal**

 

Segundo a Polícia Civil, a morte de Luzineide foi dada como natural. “Não foi constatada nenhuma evidência de crime no local”, afirmou, em nota, a corporação. A família informa que ela tinha problemas cardíacos e havia sido submetida a um transplante de rim há cinco anos. “A suspeita é que tenha sido um mal-súbito”, afirma Magda. A ocorrência foi registrada na 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá).

Doações
Com a morte de Luzineide, a criança e a mãe se mudaram para a casa de uma prima no Itapoã I. Débora trabalhava como doméstica no Jardim Ingá, próximo a Luziânia (GO), e deixava a filha com a mãe durante a semana. “O odor era tão forte que a N. ficou três dias com o cheiro no cabelo”, conta Magda Landim de Farias, 28 anos, prima de Débora.

As únicas coisas que conseguimos salvar foram os documentos. O pessoal da nossa região ficou sabendo da história e começou a doar várias coisas para a família. Já conseguimos fraldas, leite e até algumas roupas, mas os mantimentos são suficientes apenas para três meses

Magda Landim de Farias, prima de Débora

Segundo Magda, a criança tem chorado bastante e não fica sozinha desde o ocorrido. “A minha tia era uma pessoa muito reservada e a N. era a pessoa mais próxima dela. Acho que ela sente falta da avó, já que passavam bastante tempo juntas”.

Serviço
Quem quiser ajudar a família pode ligar para 9238-2123, 9199-5386 ou 3488-3641.

 

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