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Após ordem de despejo, Hotel Nacional fecha e passará por reformas

Novos donos vão avaliar as necessidades do prédio e só depois cronogramas e projetos serão elaborados

atualizado

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Ação de despejo do hotel Nacional
1 de 1 Ação de despejo do hotel Nacional - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Após realocar todos os hóspedes e moradores na manhã desta quarta-feira (24/06), o Hotel Nacional fechará as portas e passará por uma reforma. O prédio havia sido leiloado em 2018, mas só agora os novos donos conseguiram tomar a posse do empreendimento.

Quando as obras serão iniciadas e o que será mudado dentro de um dos patrimônios da história de Brasília, no entanto, ainda não está definido. De acordo com Saulo Mesquita, advogado do grupo Incorp, que adquiriu o imóvel, ainda é cedo para qualquer ação. “Estamos olhando o hotel hoje”, diz.

Para definir qualquer cronograma, ele diz, será preciso ainda que seja feita uma avaliação das necessidades do prédio e os projetos sejam elaborados. “Vamos olhar o que falta, chamar engenheiro e aí ver como funcionará”, projeta.

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A Polícia Militar auxiliou na demanda da Justiça
Hotel Nacional
Hotel Nacional foi vendido por R$ 93 milhões em 2018
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Ação de despejo no Hotel Nacional ocorreu na manhã desta quarta-feira (24/06)

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A Polícia Militar auxiliou na demanda da Justiça

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Hotel Nacional foi vendido por R$ 93 milhões em 2018

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Os hóspedes tiveram que deixar o local na manhã desta quarta. Com oficial de justiça e Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) na porta, aqueles que desciam para o café da manhã foram avisados. Quem ainda tinha mais diárias a cumprir poderá ser levado até outro hotel da rede vencedora do leilão.

Segundo Saulo Mesquita, a medida foi necessária, pois os atuais administradores do hotel apresentaram resistência em entregar o local. “O que está acontecendo é o cumprimento de posse”, diz.

Em dezembro de 2018, duas empresas de Brasília arremataram em leilão o Hotel Nacional, por R$ 93 milhões. O Grupo Bittar (da família Bittar) e a Luner (construtora dos irmãos Farah), em consórcio, assumiram a operação de um dos mais tradicionais empreendimentos da capital federal.

Pertencente à família Canhedo, o Hotel Nacional foi colocado à venda pela 3ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Foro Central de São Paulo. A contragosto dos Canhedo, o Hotel Nacional entrou na massa falida da Petroforte Petróleo Ltda, que era credora das empresas de transporte aéreo e terrestre dos Canhedo.

Formado por uma rede de hotéis (Bittar) e uma construtora (Luner), o consórcio tinha como objetivo reformar as instalações do Hotel Nacional para disponibilizar o serviço ao público.

Tradição

Inaugurado em 1961, o Hotel Nacional se tornou reduto da alta classe, por onde passaram celebridades, personalidades internacionais e figuras políticas.

A suíte presidencial, por exemplo, a qual em 1968 hospedou a rainha da Inglaterra, Elizabeth II, virou residência de um político que protagonizou um dos maiores escândalos de corrupção do Brasil: o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB), preso em 2014 no processo do Mensalão, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

O Hotel Nacional tem 10 andares e 347 apartamentos distribuídos em 43 mil metros quadrados. Também fazem parte da extensa lista de hóspedes ilustres: os ex-presidentes dos Estados Unidos Jimmy Carter e Ronald Reagan; o ex-presidente francês Charles De Gaulle; e a ex-primeira-ministra da Índia Indira Gandhi; e a atriz brasileira Leila Diniz.

Por anos, moraram no icônico prédio vários deputados federais e senadores. Atualmente, com a mudança no perfil da clientela, as festas de gala deram espaço para eventos corporativos.

Em 2018, o Metrópoles hospedou-se no imóvel do Setor Hoteleiro Sul e circulou por seus andares durante 24 horas de estadia. A experiência mostra que o lugar, o qual ainda guarda boa parte da mobília de inauguração e muitas histórias, deixou o glamour no passado.

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