Após nova seleção, estagiários da Defensoria Pública do DF fazem greve
Para terem os contratos renovados, funcionários serão obrigados a passar por novo processo seletivo. Decisão gerou descontentamento
atualizado
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Mal anunciou a abertura de 440 novas oportunidades de estágio, a Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF) provocou questionamentos. Os atuais estagiários decidiram fazer greve em protesto contra a exigência do órgão para que sejam submetidos a novo processo seletivo.
Na segunda-feira (30/7) e nesta terça (31), nem todos comparecerem ao trabalho. Semestralmente, é realizada uma migração de contrato, quando os estagiários renovam o termo de compromisso por mais um semestre, durante o período máximo de dois anos. Mas, neste ano, a regra mudou, causando insatisfação dos estagiários.
“Não é juridicamente possível a migração dos estudantes com termos de compromisso de estágio atualmente em vigor para os novos contratos. Assim, os atuais estagiários que queiram permanecer vinculados ao órgão deverão passar pelo processo seletivo”, informou a Defensoria.
Com a medida, os estagiários temem um desligamento em massa ainda na primeira quinzena de outubro. “Não entendemos o porquê. Não nos explicam e estamos tristes com a falta de comprometimento e consideração da instituição. Já fizemos as provas e fomos treinados, por que teremos de fazê-las novamente?”, indagou uma estagiária, na condição de anonimato.
Atualmente, a DPDF conta com 306 estagiários, sendo 169 estudantes de direito, 62 das demais áreas especificadas no edital e 75 de ensino médio. A carga horária é de 4h diárias, com bolsa-auxílio de R$ 800, somada ao valor do vale transporte, de R$ 200 — totalizando R$ 1 mil de bolsa. Ainda segundo a instituição, as novas provas permitirão uma ampliação do quadro atual para 440 estudantes, ou seja, 134 novas oportunidades.