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Após nova falha, Sinpol-DF cobra troca imediata das armas de policiais

De acordo com a corporação, pistolas da Taurus têm apresentado problemas. Nesta semana, mais um caso foi registrado

atualizado

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1 de 1 policeman - Foto: Istock/Reprodução

O Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) pediu perícia específica na arma do policial que reagiu a um assalto, na última quinta-feira (5/7), e matou um dos assaltantes. A pistola do agente, modelo PT 640 da marca Taurus, falhou, e isso poderia ter resultado em morte ou ferimento.

A entidade também decidiu acionar o Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) a fim de conseguir suspender o prazo de 180 dias dado à Polícia Civil para trocar o armamento da corporação, após registro de falhas em vários equipamentos da Taurus. Para o sindicato, a substituição tem de ser imediata.

A PCDF, por intermédio do Departamento de Administração Geral, informou que existe um processo licitatório para aquisição de três mil pistolas, cujo valor foi estimado em R$ 10 milhões. O edital encontra-se sob análise da Procuradoria-Geral do Distrito Federal (PGDF). “No caso citado, da arma do policial, vítima de tentativa de latrocínio na última quarta-feira (5), depende de perícia já determinada pela autoridade policial, para avaliar exatamente o acontecido”, diz o comunicado.

Assalto
A tentativa de assalto ocorreu no drive-thru de uma lanchonete, no Gama. Durante a investida frustrada, um dos três ladrões foi morto pelo policial. A arma do bandido também teria falhado, o que deu a oportunidade de o agente reagir. 

De acordo com informações da PCDF, o policial foi abordado pelos criminosos por volta de 4h45. Conforme relato do agente, ele chegou a ouvir a arma do suspeito sendo engatilhada, mas ela também falhou. Foi aí que ele passou a chutar. Ao perceber a aproximação do criminoso, o policial disparou duas vezes. Um dos tiros atingiu o tórax do homem identificado como Salomão Pereira Pinho, 26 anos.

Mesmo ferido, o assaltante seguiu em direção à janela do veículo e tentou atirar. Nessa hora, a pistola do policial teria apresentado defeito e ele teve de se defender com os pés, segundo informações da PCDF. A arma foi encaminhada para a perícia.

Dois comparsas levaram o ladrão baleado ao Hospital Regional do Gama (HRG), mas ele não resistiu e morreu. Imagens das câmeras de segurança (assista abaixo) da cena do crime ajudaram a polícia a identificar e prender Alluan Marvio Ferreira Santos. O rapaz é, conforme informou o delegado, o proprietário do veículo usado na fuga, um Fiat Marea. O terceiro envolvido ainda está foragido.

 

De acordo com a PCDF, Alluan Santos não deu detalhes sobre o crime, mas confessou que se desfez do carro e da arma usados no assalto. Os investigadores tentam localizá-los.

Denuncie
Quem tiver informações sobre o caso pode entrar em contato com a polícia por meio: do disque-denúncia 197; e-mail: denuncia197@pcdf.df.gov.br; e WhatsApp (61) 98626-1197 197. Ou, ainda, mediante denúncia on-line: http://www.pcdf.df.gov.br/servicos/197. O sigilo é garantido.

3 imagens
Um assaltante segue foragido
Denuncie pelo número 197
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Fiat Marea de placa AIH-3961

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Um assaltante segue foragido

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Denuncie pelo número 197

 

Falhas recorrentes
Em maio deste ano, o Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) ajuizou ação civil pública e ação criminal contra a empresa Forjas Taurus S/A, que forneceu armas de fogo para a Polícia Civil brasiliense.

As armas compradas apresentaram risco de disparos acidentais no caso de queda ao chão. Por conta dos problemas, o MPDFT pediu pagamento de indenização de R$ 11.656.223,90 por dano moral e recomendou à corporação que recolha as armas adquiridas pela PCDF em 2014. O inquérito foi aberto em 2016, conforme revelou o Metrópoles.

Além disso, o MP cobrou a responsabilização criminal de seis executivos da empresa, responsáveis pela prática dos atos que resultaram na compra do armamento. Eles foram denunciados por crimes contra as relações de consumo, previstos na Lei nº 8.137/90, como comercializar produtos em condições impróprias e induzir o consumidor a erro, por via de indicação ou afirmação falsa ou enganosa sobre a natureza, qualidade do bem ou serviço.

A ação partiu do Núcleo de Investigação e Controle Externo da Atividade Policial (NCAP) e da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público e Social (Prodep).

Segundo afirmou a Taurus, todas as perícias técnicas realizadas de acordo com as normas vigentes comprovam que não há falha ou defeito nos mecanismos de funcionamento e segurança das armas da companhia.

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