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Após matar João Miguel, suspeitos postaram música: “Eliminar inimigos”

Delegada à frente das investigações explicou que a música publicada reforçou os indícios de que menores estariam envolvidos no crime

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A adolescente de 16 anos que confessou ter matado João Miguel Silva, 10 anos, e o outro suspeito, também de 16, publicaram uma foto juntos nas redes sociais no dia do crime. O post foi compartilhado com uma música que falava sobre eliminar inimigos.

Trata-se do funk “Os Dez Mandamentos”, do Menor do Chapa e MC Pedrinho. Na música, os cantores entoam: “E os nossos inimigos nós vamos eliminar. Mesmo que me custe a vida, a verdade eu vou falar.”

Responsável pelas investigações, a delegada-chefe da 8ª Delegacia de Polícia (Estrutural), Bruna Eiras, explicou que a música reforçou os indícios de que os menores estariam envolvidos no crime. “Eles postaram uma foto no Instagram com uma música muito suspeita, que na letra falava sobre eliminar inimigos.”

Carregado em tambor de ração

O corpo do menino João Miguel foi carregado em um tambor de ração de cavalo até o local onde foi desovado. A criança ficou cerca de 15 dias desaparecida antes de ser encontrada, já sem vida, em uma área de mata no setor Lúcio Costa, em frente ao viaduto que dá acesso ao Guará I.

A delegada-chefe Bruna Eiras explicou que o menor foi morto pela namorada do carroceiro e o cunhado dela, ambos de 16 anos, na casa do carroceiro. Também menor de idade, com 13 anos, outro irmão do carroceiro estaria envolvido no assassinato do menino.

A adolescente foi ouvida pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e confessou crime — motivado pelo sumiço de um cavalo. João Miguel foi asfixiado até a morte no dia em que desapareceu, em 30 de agosto.

Em um vídeo, os quatro envolvidos aparecem na carroça e carregam o corpo do menino dentro de um tambor amarelo.

Assista:

O carroceiro, 19 anos, foi preso em 27 de setembro deste ano, sob a suspeita de ter ajudado a ocultar o corpo da criança. Ele vai responder pelo crime de ocultação de cadáver e corrupção de menores e pode pegar uma pena de até 15 anos de prisão. Os menores ainda não foram apreendidos e a PCDF aguarda uma decisão da Vara da Infância e Juventude.

Motivação do crime

De acordo com fontes ouvidas pela coluna, João Miguel teria pegado um cavalo do carroceiro para ir ao Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) e perdido o animal. O animal foi localizado após um mês no curral da Seagri. Para retirá-lo, o proprietário precisou pagar R$ 2,5 mil.

As informações sobre a identidade dos suspeitos são mantidas em sigilo. Quando foi encontrado, João estava com as mãos amarradas, um tecido preso ao pescoço e envolto em um pedaço de pano similar a um lençol.

Ida ao mercado

No último momento em que foi visto pela família, João estava brincando, por volta das 18h do dia 30 de agosto. Relatos de vizinhos também indicam que ele foi ao mercado, por volta das 21h.

“No dia a dia, ele ficava brincando na frente de casa. Ele não era menino de sair com estranhos. Era acostumado a ir ao mercado, porque é perto de casa, não é tão longe. Esse era o único percurso que ele tinha para fazer, não pode ter ido a outro lugar”, completa a tia.

Apesar de ter sido encontrado em uma fossa com água, o menino não tinha água nos pulmões, o que descarta a possibilidade de afogamento. Segundo os investigadores da 8ª DP, também não havia indícios de crimes sexuais no menino.

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