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Após matar Giovanna, assassino mandou mensagem: “Amor, cadê você?”

Leandro de Araújo Marques, 22 anos, ainda se passou pela vítima e mandou mensagem para a mãe dela dizendo que iria para casa cedo

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Arquivo Pessoal
Giovana Peters, jovem desaparecida encontrada morta no DF
1 de 1 Giovana Peters, jovem desaparecida encontrada morta no DF - Foto: Arquivo Pessoal

O assassino confesso de Giovanna Laura Santos Peteres, de 20 anos, mandou uma mensagem para o celular da jovem logo após o crime, fingindo não saber o que tinha acontecido com a jovem. Leandro Araújo Marques, 22, perguntou “Amor, cadê você?”, na tentativa de criar um álibi e despistar a polícia.

Os detalhes começaram a surgir nesta sexta-feira (3/12), após o namorado da vítima finalmente contar ao pai que ele era o responsável pelo crime e que a história de sumiço durante uma viagem utilizando transporte por aplicativo era mentira.

Segundo apurou o Metrópoles, Leandro ainda utilizou o celular de Giovanna para se passar por ela e disse à mãe da vítima: “Mãe, estou na casa do Leandro. Vou para casa ainda cedo”. Com a demora em aparecer, o assassino ainda teria conversado com a família sobre a possibilidade de ajudar nas buscas.

Veja fotos do acusado e da vítima:

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Giovanna Laura Santos Peters tinha 20 anos
Ela trabalhava em uma creche, no Areal
O namorado confessou o feminicídio
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Leandro confessou ter matado e escondido o corpo da jovem

Material cedido ao Metrópoles
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Giovanna Laura Santos Peters tinha 20 anos

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Ela trabalhava em uma creche, no Areal

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O namorado confessou o feminicídio

reprodução

A confissão

Após negar envolvimento com o desaparecimento de Giovanna, Leandro contou ao pai que matou a jovem, dentro de casa, em Ceilândia. A confissão aconteceu após os dois chegarem da 23ª Delegacia (Ceilândia Sul), onde, na companhia de um advogado, o rapaz prestou esclarecimentos aos investigadores. Não convencidos, os policiais aconselharam ao pai de Leandro que conversasse em particular com o filho, pois as informações dadas por ele estavam desencontradas.

Jovem de 20 anos foi degolada e teve corpo ocultado pelo namorado

A confissão de Leandro ao pai aconteceu às 2h desta sexta-feira (3/12). Assim que ouviu do filho que teria matado a namorada, Paulo Cláudio Marques ligou para a delegacia e entregou o rapaz, que se comprometeu a indicar o local exato onde teria desovado o corpo de Giovanna.

O cadáver da jovem estava coberto por pedras, em uma estrada de chão próxima à antiga Academia da Polícia Civil, em Taguatinga. Giovanna estava desaparecida desde segunda-feira (29/11), quando foi para a casa do namorado, em Ceilândia Sul. A coluna apurou que o jovem degolou a namorada dentro de casa, após os dois terem uma briga.

A família de Giovanna registrou boletim de ocorrência informando o desaparecimento da vítima. Ela teria saído de casa na tarde do domingo (28/11) e dito que dormiria na casa do namorado. Porém, no dia seguinte, Leandro disse que Giovanna teria pegado um transporte de aplicativo e ido embora. Segundo ele, o carro era um Ônix prata.

A partir desse momento, Giovanna ficou incomunicável. As ligações da família caíam direto na caixa postal e as mensagens de texto sequer eram entregues, sinalizando que o aparelho celular dela estaria desligado. A mãe da moça, Erika Neves Arruda dos Santos, 42 anos, ainda pediu auxílio de Leandro para localizar a filha. Ela acreditava que o jovem poderia ajudar a polícia com mais informações.

Da delegacia, Erika ligou para Leandro, pedindo que ele fosse à unidade policial, a fim de ajudar nas investigações. O jovem teria dito, porém, que não conseguiria comparecer à corporação, pois estaria trabalhando em uma chácara.

Diante disso, os policiais foram ao local onde o suspeito trabalhava e colheram o depoimento. Inicialmente, ele disse ter visto Giovanna, pela última vez, na segunda-feira pela manhã.

À PCDF, Leandro detalhou que, no fim de semana, passou a noite sozinho com Giovanna. Durante as investigações, os policiais conseguiram identificar pontos divergentes na versão do rapaz, uma vez que nenhum motorista por aplicativo teria sido acionado ao endereço, conforme ele havia relatado.

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Os agentes, então, voltaram à residência do suspeito com o objetivo de localizar o celular da jovem. No local, os investigadores perceberam manchas de sangue em uma cadeira da sala. No imóvel, também havia uma camiseta branca com manchas, aparentemente de sangue, em um cesto de roupas que estava no banheiro.

Na lavanderia, as equipes encontraram um facão com manchas escuras. Os indícios fizeram com que os policiais acionassem a perícia para o local. Os peritos chegaram de madrugada e confirmaram as manchas de sangue na cadeira e no chão da sala.

Também havia vestígios na porta de um dos quartos. Os investigadores descobriram ainda que, na noite do último domingo (28/11), Leandro teria circulado por Ceilândia, fato também omitido pelo autor.

Após indicar o local onde teria escondido o corpo de Giovanna, Leandro recebeu voz de prisão e não reagiu. Ele relatou que havia terminado o relacionamento com a vítima e que retornaram posteriormente. Ele tomou conhecimento de que ela havia se relacionado com outras pessoas nesse período de separação, motivo pelo qual teriam iniciado uma discussão.

Segundo o acusado, a vítima o xingou e o agrediu fisicamente, oportunidade em que ele a segurou por trás e cortou o pescoço com uma faca. Depois, ele pediu o carro de um amigo emprestado e o usou para levar o corpo até a mata. Questionado informalmente sobre o celular da vítima e a faca utilizada no crime, o jovem disse que havia jogado fora.

O caso é investigado como feminicídio e, se condenado, Leandro pode pegar até 30 anos de prisão.

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