Após lavar cavalo pintado por crianças, Hípica diz: “Polêmica injusta”
A escola de equitação da Sociedade Hípica de Brasília defendeu a ação pedagógica, considerada como interação lúdica entre jovens e animal
atualizado
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Após a controvérsia envolvendo ação pedagógica durante uma colônia de férias, na qual um cavalo branco teve o corpo pintado com tinta por crianças, a escola de equitação da Sociedade Hípica de Brasília divulgou nota de esclarecimento. No texto, a organização defende a atividade e considera a polêmica injusta.
A Sociedade Hípica sustenta que, se abordada de maneira correta e respeitosa, a prática é extremamente positiva tanto para as crianças, por promover uma aproximação lúdica com o cavalo, quanto para o animal, o qual sente a pintura como um carinho (veja vídeo abaixo).
A entidade também manifesta a ampla vivência técnica na interpretação de sinais e linguagem emitida por cavalos e éguas, adquirida ao longo dos 40 anos da instituição, “de forma que podemos afirmar que não houve ali qualquer sinal de descontentamento do animal”, garante a Sociedade Hípica na nota.
Confira imagens das atividades:
Segundo a organização, a foto do cavalo pintado estava fora de contexto. A entidade reforçou que possui um atestado de bons tratos aos animais, emitido por órgãos de fiscalização ambiental. “Além disso, afirmando nosso compromisso com a saúde e bem-estar dos animais, a escola frequentemente adota cavalos resgatados das ruas, dando-lhes cuidados não só físicos e veterinários, como afeto e carinho, vindos principalmente de nossos alunos e nossa equipe”, diz o texto.
Um atestado de saúde animal assinado pelo veterinário Elisaldenir Carrara foi encaminhado junto com a nota pública (cópia abaixo).
Caso de polícia
A advogada Ana Paula Vasconcelos, membro da Comissão de Defesa dos Direitos dos Animais da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional do Distrito Federal (OAB/DF), registrou ocorrência na Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (Dema) na tarde desta segunda-feira (23/7). Para a entidade, o caso é de maus-tratos.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) esteve na escola, na manhã de domingo (22), e notificou os responsáveis. Ana Paula conta ter recebido a foto na sexta-feira (20) e, inicialmente, especulou se o caso teria ocorrido em Águas Lindas de Goiás. “Depois, confirmamos ter sido na hípica. Lá, eles disseram se tratar de uma atividade lúdica, que o cavalo era um animal resgatado e acompanhado por veterinários”, relatou a advogada.
A Polícia Civil tomou conhecimento do caso durante o fim de semana, mas entendeu que se tratava de uma atividade lúdica, assim como o Instituto Brasília Ambiental (Ibram). Os fiscais não notificaram os responsáveis pela ação. Segundo o órgão, não foram identificados maus-tratos e o cavalo estava em boas condições.
Leia a íntegra da nota encaminhada pela escola de equitação da Sociedade Hípica de Brasília: