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Após facadas, GDF descarta fim de Raparigueiros, mas quer novo formato

Em reunião nesta quarta-feira, organizadores e Cultura acordaram mudar modelo. Secretário ressaltou que o Estado não dissolve blocos

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foliões se divertem no bloco Raparigueiros é bloco tradicional em Brasília - metrópoles
1 de 1 foliões se divertem no bloco Raparigueiros é bloco tradicional em Brasília - metrópoles - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O bloco de Carnaval do Raparigueiros será reformulado para 2024. A decisão foi acordada entre organizadores e Secretaria de Cultura do DF, que se reuniram na tarde desta quarta-feira (22/2), após o evento deste ano ter registrado os maiores índices de violência dos dias de festa. Uma alternativa proposta é ter um local fixo, sem a movimentação dos trios. O fim do bloco pelo governo, segundo o secretário, está descartado.

Neste ano, o Raparigueiros registrou 10 pessoas esfaqueadas e 47 armas brancas apreendidas, o que representou 85% do total de apreensões de facas e outros materiais perfurocortantes em todo o Carnaval. Em coletiva de imprensa, a governadora em exercício Celina Leão (PP) havia prometido uma análise sobre esse bloco, dizendo que os números eram “impressionantes” e que a tendência era não permitir a saída da agremiação.

O assunto foi mais pacificado após a reunião que ocorreu depois da coletiva. O secretário de Cultura, Bartolomeu Rodrigues, disse à reportagem que ficou acordado entre governo e organizadores o “compromisso de repensar o modelo”. “Vamos buscar uma forma mais segura, com um planejamento melhor, discutindo qual o modelo ideal. Mas dissolução, não. O Estado não dissolve um bloco de Carnaval”, garantiu.

Segundo Bartolomeu, algumas propostas foram discutidas, como fazer a festa em um local fixo. Na avaliação da Secretaria de Cultura, ter o Raparigueiros em uma plataforma física, sem um trio elétrico em movimento, como ocorre atualmente, permitiria um controle maior por parte das forças de segurança.

Diálogo reuniu organizadores e Secretaria de Cultura

Jean Costa, diretor e um dos fundadores do bloco, avalia que esse modelo poderia atingir a identidade da festa, mas que todas as ideias serão debatidas. “Isso fere muito a característica do bloco, que é de trio e faz um percurso. Mas vamos estudar todas as possibilidades”, comenta.

Citando ainda que não houve registro de homicídio no Carnaval de Brasília deste ano, Jean também diz que os incidentes são relacionados a vários fatores, como a concentração de um público muito grande. “Em 2024 estaremos na rua, mantendo a tradição, garantindo a folia e aprimorando o que for possível”, prevê.

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