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Após facada, Federação de Umbanda do DF diz que pombagira “é ser de luz”

Presidente da associação ainda afirmou que nada justifica a agressão, repudiada pela religião, e que o sacerdote pode ser punido

atualizado

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A Federação de Umbanda e Candomblé de Brasília e Entorno se posicionou contrariamente ao caso de agressão de um pai de santo contra um homem ocorrido nesse domingo (22/11). A associação aguarda a definição das autoridades e aconselhamento de sua assessoria jurídica para tomar medidas em relação ao episódio, o que não a impede de se colocar contra aos fatos, observando aquilo que prega a religião.

“Repudiamos totalmente qualquer tipo de violência”, afirma o presidente da federação, Rafael Moreira, ao Metrópoles. Evitando se posicionar em favor ou contra as partes envolvidas, o chefe da união esclarece que estar “esperando a análise dos fatos para nos posicionarmos, mas nada justifica a agressão”, declara o mandatário.

“Entidade é ser de luz, entidade não agride ninguém”, explica Rafael.

Por fim, o representante defende a atuação da instituição, não descartando qualquer tipo providência. “O objetivo da federação é abrir terreiros, não fechar”, comenta, deixando claro, porém que, em casos desse tipo, “o sacerdote é punido”. “A umbanda e o candomblé são para as pessoas se sentirem bem e encontrarem a solução para seus problemas”, frisa o religioso.

Punhalada no pescoço

No domingo, agentes da 26ª Delegacia de Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) foram acionados por causa de um esfaqueamento no Centro de Umbanda Mãe Ganga, na QR 425, em Samambaia. Segundo depoimentos de testemunhas, um pai de santo, sob influência de entidade conhecida como Pombagira Sete Rosas, esfaqueou um homem no início da tarde deste domingo, por volta das 17h30.

Pombagira é um entidade do Candomblé e da Umbanda representada por uma mulher. Durante as sessões religiosas, ela faz a possessão dos líderes espirituais, chamados pais de santo.

De acordo com os investigadores que acompanham o caso, a discussão teve início quando a entidade, durante sessão religiosa, apontou o homem como autor de ‘trabalho’ contra uma das frequentadoras do centro. A vítima negou as acusações e exigiu provas.

A partir daí, o pai de santo teria se irritado, jogado a taça de cerveja fora e sacado um punhal que tinha na altura do peito. No meio da briga, acertou no pescoço o homem que duvidava de sua palavra. A vítima só não ficou ferida gravemente porque a irmã dela teria impedido que o pai de santo enfiasse completamente a lâmina em seu corpo.

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