Após explosão em prédio no DF, moradores começam a retirar pertences
Defesa Civil foi acionada pelo CBMDF para um avaliação criteriosa das condições do prédio. Explosão aconteceu na Quadra 510, do Noroeste
atualizado
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A explosão que aconteceu em um prédio no Noroeste na manhã desta quarta-feira (6/12) deixou o primeiro andar do edifício completamente destruído. Após o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) controlar as chamas, causadas por um vazamento de gás, a Defesa Civil foi acionada para fazer uma avaliação mais criteriosa das condições do local.
Conforme informou Isaura Andrade Silva, 43, síndica do prédio, a moradores do residencial, durante a tarde a pasta liberou a entrada da parte B do residencial para que proprietários possam pegar seus pertences e, em seguida, deixarem o condomínio. A parte A do prédio, bem como o apartamento onde o incêndio começou, seguem interditados.
O apartamento residencial que explodiu no primeiro andar do condomínio provocou uma “onda de choque” que destruiu o primeiro andar, danificou parte da fachada do edifício e deixou Felipe Bento Nunes Gonçalves gravemente ferido. O homem morava de aluguel na unidade onde o incêndio teve início.
Felipe foi atendido em estado grave e levado para o Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Embora apresente quadro estável, o homem se encontra intubado na unidade de terapia intensiva (UTI).
Conforme relatou Isaura Andrade Silva, 43, síndica do prédio, Felipe não estava acordado quando o incêndio começou. “O único fato de que temos certeza é que ele estava desacordado. Não sabemos se tinha tomado remédio para dormir ou se o gás, que estava forte, fez com que desmaiasse”, declarou. Ainda segundo ela, a vítima perdeu a mãe há pouco mais de um mês, e outros familiares do homem não foram encontrados até o momento.
A suspeita é de que tenha havido um vazamento de gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás de cozinha, devido a informações passadas pelos moradores e funcionários do edifício, bem como aos efeitos da explosão. “A onda de choque é muito forte. Em um lado do prédio, as janelas foram arremessadas. Inclusive, uma delas colidiu contra um veículo estacionado na rua. Depois disso, tivemos de abrir algumas portas e janelas, para fazer ventilação e deixar o gás sair”, detalhou o major Igor Paz.
O prédio, porém, tinha uma “reserva técnica de incêndio” bem estruturada, segundo o militar. “A equipe de zeladores deu o suporte necessário. E as informações nesse ponto são importantes porque, a partir do momento em que se aciona o Corpo de Bombeiros, é interessante que alguém da própria edificação tenha informações sobre onde se deliga luz, água, energia”, orientou Igor Paz.
Veja imagens:
“Cheiro forte de gás”
Moradora do prédio, a servidora pública Karla Daniele Leôncio Moraes, 39 anos, contou que trabalhava em home office quando percebeu que algo estava errado. “Interfonei para o porteiro, e ele disse que outras pessoas também reclamaram [do cheiro de gás]; por isso, desligaram o sistema e acionaram uma empresa que cuida desse serviço no prédio”, afirmou.
Depois da explosão — que afetou outros imóveis —, um incêndio atingiu um apartamento no primeiro andar, e a fumaça se alastrou para outras partes do prédio. Nesse momento, uma das zeladoras que trabalha no edifício entrou na residência afetada e encontrou um homem desacordado.
Ela ainda resgatou outra pessoa que precisou de ajuda para deixar o prédio e, depois, gritou para todos os moradores e trabalhadores de lojas no edifício saírem do local.
As chamas foram controladas por volta das 11h, cerca de duas horas após a explosão. A força dela deixou o primeiro andar do prédio destruído por dentro. Assustados, diversos animais fugiram, na tentativa de se salvar. No início da tarde desta quarta-feira (6/12), os bombeiros ainda procuravam por um gato e um cachorro desaparecidos. Nenhum estava ferido até então.