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Após exame descartar Covid-19, alvo da Falso Negativo deve se apresentar

Iohan estava com sintomas do novo coronavírus e aguardava resultado de exames. A suspeita, no entanto, foi descartada

atualizado

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Iohan Andrade Struck
1 de 1 Iohan Andrade Struck - Foto: null

Investigado por supostamente pertencer a uma organização criminosa instalada na Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Iohan Andrade Struck (foto em destaque), ex-secretário de Administração Geral da pasta, deve se apresentar ao Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) nesta terça-feira (1º/9). A defesa vai iniciar as tratativas com os promotores.

Iohan estava com sintomas do novo coronavírus e aguardava resultado de exames. A suspeita, no entanto, foi descartada. O atestado médico de 10 dias chegou a ser apresentado pelos advogados do secretário afastado. Registro do Hospital Anchieta, de Taguatinga, assinado pelo médico Michel Cometti de Souza, informa que o paciente relatou sintomas como “cefaleia [dor de cabeça] persistente, mialgia [dor muscular], calafrios e febre baixa”, além de ter tido contato com pessoa que teve Covid.

Dos sete alvos da segunda fase da Operação Falso Negativo, deflagrada há uma semana pelo MP, Iohan foi o único a não ser preso. Ele não foi encontrado pelos promotores na ocasião. De acordo com o advogado Alexandre Adjafre, o cliente precisou ficar em outro endereço, em isolamento, pois a mulher do secretário afastado passou por um procedimento médico. Como havia suspeita de Covid-19, Iohan preferiu se mudar.

Habeas corpus

As defesas dos integrantes do primeiro escalão da Secretaria de Saúde, presos por suspeita de fraudes na compra de testes rápidos no DF, entraram com habeas corpus nessa segunda-feira (31/8) no Supremo Tribunal Federal (STF).

Também nessa segunda, cinco dos seis membros da cúpula da Secretaria de Saúde foram transferidos para o Complexo Penitenciário da Papuda. Um dos envolvidos, Eduardo Hage Carmo, subsecretário de Vigilância à Saúde, ganhou habeas corpus e foi solto no fim de semana.

A transferência foi antecipada pela Vara de Execuções Penais (VEP), que não esperou o “bonde” de terça-feira (1/9), quando os presos da carceragem do Departamento de Polícia Especializada (DPE) são levados para o presídio.

A VEP tomou a decisão no mesmo dia em que dois policiais civis acabaram presos por, supostamente, favorecer um dos presos da Falso Negativo. A PCDF afirmou que “está apurando o caso administrativa e criminalmente.”

O policial civil Mauro Cerqueira e o diretor da Divisão de Controle e Custódia de Presos (DCCP), Paulo Martins dos Santos, foram autuados em decorrência de uma inspeção da Corregedoria-Geral da PCDF que estava acompanhada de um promotor na carceragem onde estavam os presos da Falso Negativo.

A vistoria flagrou a suposta irregularidade, uma vez que Eduardo Seara Machado Pojo do Rego, ex-secretário adjunto de Gestão em Saúde , um dos presos, teria recebido a mãe e um amigo, o que é proibido.

Conforme revelou o Metrópoles, todos os cinco presos estão no Centro de Detenção Provisória II (CDP II), uma ala destinada a internos provisórios e que funciona também como entrada e classificação para os demais estabelecimentos do sistema penitenciário.

Até então, os alvos da operação do MP dividiam uma cela de 10 metros quadrados na carceragem do complexo da PCDF, ao lado do Parque da Cidade.

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Entre os alvos, estiveram gestores da Secretaria de Saúde do Distrito Federal
Operação foi deflagrada pelo MPDFT e pela PCDF
Operação Falso Negativo do MPDFT levou seis integrantes da Secretaria de Saúde do DF à prisão, inicialmente. Mais dois foram presos depois
Grupo é acusado de fraudar contratos e desviar recursos públicos
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Operação Falso Negativo

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Entre os alvos, estiveram gestores da Secretaria de Saúde do Distrito Federal

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Operação foi deflagrada pelo MPDFT e pela PCDF

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Operação Falso Negativo do MPDFT levou seis integrantes da Secretaria de Saúde do DF à prisão, inicialmente. Mais dois foram presos depois

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Grupo é acusado de fraudar contratos e desviar recursos públicos

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Falso Negativo

A operação do MPDFT prendeu o então secretário de Saúde, Francisco Araújo, e outros cinco integrantes do alto escalão da pasta. O prejuízo estimado aos cofres públicos com as supostas fraudes em contratos para compra de testes rápidos da Covid-19 é de R$ 18 milhões.

Todos os alvos da operação foram afastados em edição extra do Diário Oficial do DF (DODF), publicada ainda na terça.

Confira os nomes dos presos durante a operação:

  • Francisco Araújo, secretário de Saúde do DF;
  • Ricardo Tavares Mendes, ex-secretário adjunto de Assistência à Saúde;
  • Eduardo Hage Carmo, subsecretário de Vigilância à Saúde;
  • Eduardo Seara Machado Pojo do Rego, secretário adjunto de Gestão em Saúde;
  • Jorge Antônio Chamon Júnior, diretor do Laboratório Central (Lacen);
  • Ramon Santana Lopes Azevedo, assessor especial da Secretaria de Saúde (todos foram afastados).
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Eduardo Hage Carmo, ex-subsecretário de Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde do DF
Ricardo Tavares Mendes foi um dos alvos da Operação Falso Negativo, deflagrada em 2020
Jorge Antônio Chamon Júnior, ex-diretor do Laboratório Central (Lacen)
Iohan Andrade Struck, ex-subsecretário de Administração Geral da Secretaria de Saúde do DF
Eduardo Seara Machado Pojo do Rego, ex-secretário adjunto de Gestão em Saúde
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Francisco Araújo foi preso na Operação Falso Negativo

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Eduardo Hage Carmo, ex-subsecretário de Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde do DF

Renato Alves/Agência Brasília
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Ricardo Tavares Mendes foi um dos alvos da Operação Falso Negativo, deflagrada em 2020

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Jorge Antônio Chamon Júnior, ex-diretor do Laboratório Central (Lacen)

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Iohan Andrade Struck, ex-subsecretário de Administração Geral da Secretaria de Saúde do DF

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Eduardo Seara Machado Pojo do Rego, ex-secretário adjunto de Gestão em Saúde

Roque de Sá/Agência Senado

 

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