Após estragos da chuva, 250 manifestantes interditam a EPTG
Ato organizado por moradores de Vicente Pires ocorre um dia após a capital sofrer com os fortes temporais da quinta-feira (02/05/2019)
atualizado
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Depois de parte do asfalto da marginal da Estrada Parque Taguatinga (EPTG) ser arrancada pelas fortes chuvas de quinta-feira (02/05/2019), cerca de 250 moradores de Vicente Pires interditaram um trecho da via, na altura do viaduto Israel Pinheiro, em protesto realizado nesta sexta (03/05/2019).
Intitulada de “Não somos porcos para viver na lama!”, a manifestação visava, segundo publicação dos organizadores nas redes sociais (veja abaixo), “exigir o estado de calamidade” de Vicente Pires.
A Polícia Militar do Distrito Federal negociou a liberação da marginal com os manifestantes e a pista foi liberada por volta das 19h.
O ato ocorre um dia após a EPTG sofrer com alagamentos provocados pelo grande volume d’água das chuvas. A via chegou a ser parcialmente interditada pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF) para a realização de limpeza e restauração, nesta sexta.
Profissionais do DER-DF que estiveram no local durante a noite de quinta, ainda quando o volume de água estava alto, estimaram que os danos ocorreram em trecho de 300 a 400 metros.
O trabalho de recuperação das três faixas, conforme ressaltou a assessoria, será feito em uma de cada vez: assim, a que estiver sendo consertada será fechada enquanto as outras continuarão abertas para o fluxo de veículos. A ideia é concluir tudo o mais rapidamente possível.
Caos
As fortes chuvas, previstas pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), complicaram a volta para casa na noite dessa quinta-feira. Pela capital, brasilienses registraram alagamentos em vias, além de cortes de energia em áreas do Lago Sul e do Plano Piloto. Em Vicente Pires, moradores sofreram com as enxurradas provocadas pelo intenso volume de água.
O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) informou que um carro foi arrastado em Vicente Pires. O trânsito na EPTG, monitorado pelo DER-DF, foi drasticamente impactado.
O Corpo de Bombeiros do DF foi chamado para atuar na remoção de árvore que caiu na Quadra 412 da Asa Sul, perto do Big Box.
A chuva também atrapalhou a circulação do metrô, já prejudicada com a greve dos metroviários. Comunicado emitido nas redes sociais da empresa pública informava que os trens trafegavam apenas até a Estação da Praça do Relógio, pois havia “um alagamento dos trilhos na área da Estação Onoyama, em Taguatinga”. Por volta das 18h30, o tráfego de composições foi liberado, mas com restrição de velocidade.
Em Samambaia, os trens rodavam normalmente. No entanto, para Ceilândia, circulavam só até a Estação Concessionárias, em Águas Claras. A fila para comprar bilhetes na Rodoviária do Plano Piloto chegou a 80 metros no horário de pico.
Confira os registros dos brasilienses: