Após empurrão, tio e sobrinho matam homem a marretadas no DF
Segundo delegado, vítima teria empurrado suspeito mais novo durante discussão. Acusado mais velho, então, decidiu agredir o marido da irmã
atualizado
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O homem de 35 anos assassinado a golpes de marreta na noite desse sábado (01/02/2020) foi morto após supostamente ter tentado empurrar um dos dois agressores após uma discussão. O crime ocorreu na casa dos acusados, no bairro Bananal, na Fercal.
Segundo o delegado chefe da 35ª Delegacia de Polícia (Sobradinho II), Láercio de Carvalho, o assassinato foi praticado por tio e sobrinho, de 28 e 18 anos, respectivamente. Após levar golpes de marreta em todo o corpo, principalmente na cabeça, Andreasmo Rapozo Pires não resistiu e morreu no local.
De acordo com Carvalho, os três beberam juntos em um bar na tarde daquele dia e voltaram a se encontrar à noite, na casa dos agressores.
“Foi uma briga banal. Eles não mencionaram o que motivou exatamente, mas disseram que estavam ali bebendo e começaram a se xingar. Até que, segundo eles, a vítima teria empurrado o mais jovem. O mais velho foi defendê-lo e, então, tomou a decisão de matar”, contou o delegado.
Andreasmo era casado com a irmã do suspeito mais velho, que também é tia do mais novo. Conforme relatou o delegado, um dos envolvidos, o pedreiro de 28 anos, possui passagem na polícia por supostamente ter molestado a própria sobrinha, de 14 anos, em novembro de 2019. A menina era enteada da vítima.
“Por conta disso, já havia uma desavença entre o assassino e a própria irmã. É possível que esse crime tenha alguma relação com esse desentendimento antigo. No entanto, nenhum dos agressores mencionou isso”, pontuou o investigador.
Uma vez que tio e sobrinho se mudaram do Maranhão para a capital há cerca de dois anos – e a vítima por volta de 6 meses atrás, a Polícia Civil do DF ainda investiga se os envolvidos têm passagens no estado nordestino.
Corpo no porta-malas
Ainda segundo o delegado, o corpo da vítima foi encontrado no domingo (02/02/2020) dentro do porta-malas do carro da companheira, veículo que usava com frequência.
“A mulher dele não conseguiu mais contato com a vítima às 20h do sábado. Ela ligou muitas vezes no celular, mandou mensagem e começou a se preocupar porque o companheiro não tinha o hábito de sumir”, relatou o policial.
“No dia seguinte, ele não foi buscá-la no trabalho. Então, a mulher pegou um Uber para casa. Momentos antes, um popular contatou a polícia dizendo que havia um carro abandonado próximo a uma empresa e passou a placa do veículo”, lembra Laércio de Carvalho.
Desse modo, após a polícia identificar a proprietária do veículo, os investigadores chegaram até a mulher de Andreasmo. “Ela, então, nos contou que o marido estava desaparecido”, completou o delegado.
Os agressores responderão por homicídio com três qualificadoras — motivo fútil, impossibilidade de defesa da vítima e meio cruel — e ocultação de cadáver.