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Após discussão, taxista mata mulher a tiros no Distrito Federal

Crime ocorreu por volta das 20h30 desse domingo (5/8) na quadra 405 do Recanto das Emas. Acusado está foragido

atualizado

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1 de 1 taxista - Foto: Reprodução

Uma mulher foi morta a tiros pelo marido em sua residência no Distrito Federal. O crime ocorreu na quadra 405 do Recanto das Emas, por volta das 20h30 desse domingo (5/8).

De acordo com informações da Polícia Militar (PMDF), o autor do assassinato, Edilson Januário de Souto (foto principal), 61 anos, trabalha como taxista. O acusado pegou a arma e atirou contra a vítima, Marília Jane de Sousa Silva, após uma discussão do casal. Depois de matar a companheira, estacionou o carro dela dentro do terreno, fechou o portão e saiu.

Segundo a Polícia Civil, a mulher foi atingida pela primeira vez no quarto do casal. Ao tentar sair da residência, Edilson disparou outras vezes e Marília caiu na garagem. O autor do crime ainda arrastou o corpo da vítima para o lado, retirou o carro dele e fugiu.

Os bombeiros foram acionados, mas quando chegaram ao local, a vítima já havia morrido. Até a publicação desta reportagem, o suspeito estava foragido. A 27ª Delegacia de Polícia (Recanto das Emas) investiga o caso.

Outros crimes
Somente em 2018, 15 mulheres foram assassinadas no Distrito Federal. No dia 14 de julho, Janaína Romão Lúcio, 30, perdeu a vida de forma covarde, a facadas, e na frente das filhas pequenas. Assassino confesso, o ex-marido, Steffanno Jesus Souza de Amorim, 21, está preso.

O crime bárbaro ocorreu em Santa Maria um dia após as autoridades alemãs divulgarem a prisão de Marcelo Bauer. Há 31 anos, ele matou Thaís Mendonça, 19, sua namorada à época. Foi condenado à revelia em Brasília e, agora, sua impunidade chegou ao fim.

Os casos de feminicídio se assemelham não só pela brutalidade e covardia. O modo como os assassinos agem é parecido. Segundo especialistas, os algozes, geralmente pessoas com quem as vítimas se relacionam, começam com pequenas exigências, cenas de ciúmes, cobranças, brigas seguidas de presentes e pedidos de desculpas com promessas de mudanças.

Acuadas e sob constante ameaça, em geral, as mulheres optam por não fazer a denúncia quando ocorre a primeira agressão. Depois, é um caminho sem volta. O Estado falha no combate à violência e à proteção às vítimas. A família, muitas vezes, não consegue evitar consequências mais graves. E as tragédias ocorrem.

Foi assim com Jessyka Laynara da Silva Souza, 25, morta a tiros pelo soldado da Polícia Militar Ronan Menezes, 27, no dia 4 de maio, em Ceilândia. Extremamente possessivo e controlador, o rapaz não aceitava o fim do relacionamento.

Ameaçava e agredia Jessyka constantemente, e ela, com medo, escondia os hematomas usando maquiagem. “Era para eu estar enterrada agora. Ele me espancou tanto, tanto. Me deu tanto chute, soco, coronhada. Rasgou minha cabeça”, contou a moça, em áudio enviado para uma amiga. Agora, a mãe da vítima, a técnica de enfermagem Adriana Maria da Silva, 39 anos, chora a perda da filha.

Em 6 de março, outro caso de feminicídio chocou o DF. A funcionária do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) Romilda Souza, 40, foi morta a tiros pelo marido e ex-vigilante Elson Martins da Silva, 39, que se suicidou em seguida, na 406 Sul.

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