Após crise e fuga dos consumidores, postos reduzem preço da gasolina
No centro de Taguatinga, o litro, que antes saía por R$ 4,59, agora está custando R$ 4,55. Em outras regiões, também houve recuo nas bombas
atualizado
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Durante a crise do desabastecimento provocada pela greve dos caminhoneiros, a gasolina chegou a quase R$ 5 nas bombas. Agora, cinco dias após o fim da paralisação, os valores começam a recuar. Na 115 Sul, por exemplo, o preço cobrado nesta quarta-feira (6/6) é de R$ 4,65. No posto Petrolino, no centro de Taguatinga, o litro está ainda mais barato: caiu de R$ 4,59 para R$ 4,55.
Em Águas Claras, está saindo por R$ 4,69, em média. No posto Garantia da Estrada Parque Taguatinga (EPTG), o valor passou de R$ 4,699 para R$ 4,599, também nesta quarta. O mesmo aconteceu no Safeway, que fica às margens da rodovia. Na 206 Norte, o Jarjour baixou de R$ 4,83 para R$ 4,69 esta tarde.No estabelecimento de bandeira Shell da QI 9 do Lago Sul, o preço ainda está salgado: R$ 4,97. Na altura da QI 11, o litro da gasolina comum é vendido a R$ 4,78. Os donos de postos dizem que o custo operacional para abastecer a região é mais caro, por isso esse combustível tem custo maior em áreas mais nobres. Mas o consumidor precisa pesquisar, pois pode economizar até R$ 0,42 por litro.
De acordo com alguns donos de postos consultados pelo Metrópoles, a redução no valor nas bombas tem a ver com a lei da oferta e da procura. Como os brasilienses correram para abastecer durante a crise, recuaram ao encontrar gasolina por até R$ 4,99 após o fim da paralisação dos caminhoneiros. O pior é que boa parte dos estabelecimentos ainda está sem etanol.
No dia 30 de maio, o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) aceitou solicitação da Secretaria de Fazenda do Distrito Federal para que houvesse uma revisão dos parâmetros da base de cálculo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços (ICMS) de combustíveis, desconsiderando a última quinzena.
Com isso, a base de cálculo será a mesma de abril: R$ 4,29. Para se ter uma ideia da diferença, o valor em vigor é de R$ 4,59 e poderá aumentar ainda mais, em função dos preços cobrados nos últimos dias por causa da falta do produto.
Mas, segundo os donos de postos dizem nos bastidores, o que está valendo mesmo para a redução é a lei da oferta e da procura. Acionado, o Sindicombustíveis, representante do setor, diz que não comenta sobre a movimentação de preços no mercado.
Colaboraram Fernando Caixeta e Bruno Medeiros