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Após confusão e invasão, polícia reforça segurança na sede da CEB

Sindicalistas ocuparam Centro de Operações e paralisaram serviços por três horas nessa terça. Eles protestam contra demissões na fundação

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1 de 1 Michael Melo/Metrópoles - Foto: Michael Melo/Metrópoles

A sede da Companhia Energética de Brasília (CEB), no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), passou o dia sob escolta policial, após confusão ocorrida na tarde dessa última terça-feira (5/2). Desde a manhã desta quarta (6), três viaturas da Polícia Civil reforçaram a segurança para evitar confronto entre membros da Fundação de Previdência dos Empregados (FaCEB), do Sindicato dos Urbanitários do DF (STIU) e da estatal.

A demissão de 10 funcionários da fundação gerou protestos e tumulto no local. Os sindicalistas ocuparam o Centro de Operações e paralisaram os serviços por cerca de três horas. A confusão terminou apenas com a intervenção policial. Após a manifestação, o presidente da FaCEB, Marco Antônio Vieira, deixou o local e se deslocou até a delegacia da região, onde registrou um boletim de ocorrência após uma suposta ameaça de morte.

Os funcionários demitidos trabalhavam em um posto na sede da empresa que foi desativado por decisão da fundação. Segundo o diretor do STIU, José Edimilson Silva, não houve aviso prévio sobre o fim da unidade e as demissões. “Lá funcionava o serviço de atendimento de planos de saúde e de Previdência para funcionários e aposentados. É o local mais adequado para a oferta desse tipo de serviço, pois é onde se concentra grande parte dos trabalhadores, tem um espaço muito amplo e lugar para estacionar”, detalhou.

Por meio da assessoria de imprensa, a CEB informou que o tumulto aconteceu após um grupo de dirigentes do sindicato se deslocar até a sede para tentar se reunir com o presidente da empresa, Edison Garcia, com o objetivo de tentar reverter as demissões feitas pela fundação. No entanto, o diretor estava em um compromisso externo, o que teria gerado mais insatisfação aos presentes.

Durante a confusão, apenas os serviços de atendimento de emergência foram mantidos. Os demais chamados de clientes ficaram paralisados nas três horas de duração da manifestação. Mesmo fora do local, Edson chegou a ligar para o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), e para o diretor da Polícia Civil, Robson Cândido, pedindo reforço na segurança.

Segundo a companhia, os manifestantes ocuparam o Centro de Operações durante temporal que atingiu todo o Distrito Federal e causou prejuízos à rede elétrica. “Em determinado momento, chegaram a 600 chamados não atendidos, mas conseguimos normalizar o serviço no mesmo dia”, informou a assessoria.

Negociações
O diretor do STIU afirmou que o sindicato não aprova a gestão de Marco Antônio na FaCEB e pede a renúncia dele. “Nós não aceitamos, porque com ele não há como manter o diálogo”, critica Edimilson Silva.

No entanto, a CEB alega que a fundação tem autonomia para fazer demissões e administrar os próprios recursos, e não é papel da empresa intervir em demissões da fundação. Edison Garcia e os dirigentes do sindicato se reuniram na manhã desta quarta-feira (6/2). A empresa se dispôs a dialogar e a fundação suspendeu, por ora, os exames demissionais.

O Metrópoles tentou contato com o diretor da FaCEB, mas ele não atendeu aos telefonemas, nem retornou as ligações.

O delegado Rodrigo Bonach, da 8ª Delegacia de Polícia (SIA), confirmou o registro da ocorrência, mas não passou detalhes. “O caso chegou a conhecimento aqui e foi repassado para a seção de investigação”, limitou-se a dizer.

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