Após cirurgias desmarcadas, diretor do Hran é exonerado
Reportagem do Metrópoles revelou que problemas no ar-condicionado suspenderam o procedimento. Superintendente também foi demitido
atualizado
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O Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) trouxe a exoneração de Sócrates Souza Ornelas, diretor do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), e de Luciano Gomes Almeida, superintendente da Região de Saúde Central. O próprio diretor do Hran, Sócrates Souza Ornelas, também acabou demitido. No último dia 4 de outubro, o Metrópoles fez matéria revelando as falhas no ar-condicionado do hospital, que suspenderam cirurgias no local.
Leonardo Sousa Ramos, médico nefrologista, assumirá no lugar de Sócrates. Ele é o quarto diretor do Hran desde o início do ano. A exoneração de Sócrates saiu no DODF de quarta-feira (09/10/2019), enquanto a de Luciano foi publicada nesta quinta-feira (10/10/2019).
Questionada sobre a situação, a pasta informou “que os cargos comissionados são de livre provimento. Nomeações e exonerações ocorrem de acordo com a avaliação das chefias e do Governo”.
No lugar de Luciano entrou Eddi Sofia de la Santisima Trinidad. Ela é formada pela Universidade de Brasília, em clínica geral. Também trabalha na Secretaria de Saúde desde 2016.
Confira o trecho no DODF que informa sobre as trocas:
Hran
No último dia 4 de outubro, as cirurgias no Hran, que fica sob a responsabilidade da Superintendência da Região de Saúde Central, foram suspensas. O motivo: o ar-condicionado da unidade teve um problema, e somente os procedimentos de risco foram mantidos.
“A diretoria do Hran esclarece que algumas cirurgias eletivas – de menor risco – precisaram ser remarcadas para pacientes menos graves”, informou a Secretaria de Saúde, por meio de nota, à época. Segundo a pasta, o ar-condicionado central dificulta a manutenção.
Em 24 de agosto último, o Metrópoles mostrou que outras unidades de saúde sofrem com os constantes problemas no ar-condicionado. Análise feita pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) identificou falhas nos equipamentos dos hospitais do Paranoá e de Santa Maria.