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Após caso de raiva no DF, ONG denuncia maus-tratos contra gatos na UnB

Aumento no número de casos de maus-tratos contra os felinos ocorreu após a morte de um jovem de 18 anos no Distrito Federal

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Gato ferido deitado em cima de maca recebe atendimento
1 de 1 Gato ferido deitado em cima de maca recebe atendimento - Foto: Reprodução/Material cedido ao Metrópoles

Gatos que vivem espalhados pelo campus da Universidade de Brasília (UnB) Darcy Ribeiro, na Asa Norte, passaram a ser alvo de maus-tratos após a morte de um jovem de 18 anos, morador do Distrito Federal, por raiva humana. Quem denuncia o aumento no número de casos são voluntários da organização não governamental (ONG) Atevi. “A gente chega para alimentar os bichinhos e eles estão machucados ou mortos. Isso é retaliação”, queixa-se a presidente da organização, Ana Teresa Casasanta, 51 anos.

De acordo com a representante, as mortes ocorrem durante o ano todo, mas tiveram aumento significativo recentemente. “Ocorria uma ou duas mortes por semana, mas, depois da morte do aluno da UnB, aumentou para sete, fora os que estão machucados. Agora, a gente é chamado para levá-los ao veterinário ou ao necrotério”, lamenta Ana Teresa. Segundo ela, os autores dos casos de violência não foram identificados. Os voluntários e a ONG monitoram a comunidade de felinos da universidade. Veja imagens dos bichanos feridos:

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A onda de casos ocorreu após a morte do jovem por raiva humana na capital federal
Além de morrerem, os felinos também ficam feridos
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De acordo com ONG Atevi, gatos que moram na UnB tornaram-se, por mais vezes, alvos de maus-tratos

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A onda de casos ocorreu após a morte do jovem por raiva humana na capital federal

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Além de morrerem, os felinos também ficam feridos

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Diante da onda de casos, a ONG publicou um alerta para os frequentadores das dependências acadêmicas, o qual sinaliza para os cuidados com os felinos. Veja a íntegra do documento:

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O corpo de um gato morto dentro do campus da UnB foi recolhido, no último sábado (6/8), por peritos do Instituto de Criminalística (IC) da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). O animal pode ser o suspeito de ter infectado o jovem que morreu com raiva humana na capital em 30 de julho. O óbito do rapaz foi o primeiro registrado em Brasília após 44 anos de erradicação da doença.

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Os animais que transmitem o vírus para os humanos são, principalmente, cães e gatos, mas todos os animais de sangue quente, desde que estejam infectados, podem ser transmissores. Morcegos que consomem sangue, raposas, guaxinins, macacos, bois, galinhas e porcos, por exemplo, também podem passar a doença
Quando não tratada, a raiva humana pode levar à morte dentro de 7 dias, aproximadamente. Por isso, após a exposição ao vírus ou a partir do início dos sintomas é importante procurar ajuda médica o mais rápido possível
A forma mais comum de transmissão da raiva é através da mordida de um animal, pois é preciso que a saliva infectada entre em contato com uma ferida na pele ou com a membrana dos olhos, nariz ou boca do outro indivíduo. Sendo mais raro, portanto, que aconteça por meio de arranhões
Após o vírus adentrar o organismo, os sintomas da raiva em humanos começam a surgir em aproximadamente 45 dias. A manifestação da doença é semelhante a de uma gripe, tais como: dor na cabeça, mal estar, irritabilidade, fraqueza e febre. Além disso, no local da mordida também pode surgir algum desconforto, como sensação de formigamento ou de picada
Conforme a progressão da doença, novos sintomas se manifestam, e, geralmente, relacionados com a função cerebral, tais como: confusão mental, ansiedade, comportamento anormal, agitação, alucinações e insônia. Quando surgem esses sintomas, o desfecho costuma ser fatal
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A raiva é uma doença viral extremamente infecciosa. Ela acomete mamíferos e pode ser transmitida de animais para humanos, momento em que passa a ser chamada de raiva humana. A enfermidade, causada pelo vírus rábico, é caracterizada como uma encefalite progressiva e pode levar à morte

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Os animais que transmitem o vírus para os humanos são, principalmente, cães e gatos, mas todos os animais de sangue quente, desde que estejam infectados, podem ser transmissores. Morcegos que consomem sangue, raposas, guaxinins, macacos, bois, galinhas e porcos, por exemplo, também podem passar a doença

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Quando não tratada, a raiva humana pode levar à morte dentro de 7 dias, aproximadamente. Por isso, após a exposição ao vírus ou a partir do início dos sintomas é importante procurar ajuda médica o mais rápido possível

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A forma mais comum de transmissão da raiva é através da mordida de um animal, pois é preciso que a saliva infectada entre em contato com uma ferida na pele ou com a membrana dos olhos, nariz ou boca do outro indivíduo. Sendo mais raro, portanto, que aconteça por meio de arranhões

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Após o vírus adentrar o organismo, os sintomas da raiva em humanos começam a surgir em aproximadamente 45 dias. A manifestação da doença é semelhante a de uma gripe, tais como: dor na cabeça, mal estar, irritabilidade, fraqueza e febre. Além disso, no local da mordida também pode surgir algum desconforto, como sensação de formigamento ou de picada

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Conforme a progressão da doença, novos sintomas se manifestam, e, geralmente, relacionados com a função cerebral, tais como: confusão mental, ansiedade, comportamento anormal, agitação, alucinações e insônia. Quando surgem esses sintomas, o desfecho costuma ser fatal

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A raiva humana tem vacina, que deve ser aplicada em duas doses, com sete dias de intervalo. Por isso a importância de procurar socorro médico com urgência para que ela possa ser eficaz. Caso a doença esteja em quadro avançado, as chances de êxito diminuem

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Em animais, o principal meio de evitar a raiva é através da vacinação. O imunizante faz parte do calendário obrigatório para cães e gatos no Brasil

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Os familiares frisam que o jovem não tinha o costume de frequentar ambientes silvestres e que a única mudança na rotina do rapaz foi a volta às aulas presenciais na UnB. “A única alteração em sua rotina foi o ingresso no 1º semestre na Universidade de Brasília (UnB), em 6/6/2022, que coincidiu com o retorno presencial das aulas após 2 anos e 3 meses de lockdown devido à pandemia da Covid-19”.

Ainda segundo a família, em 8 de junho, o jovem teve contato com um gato no campus da universidade.

“[…] Um gato, cinza e branco, nas intermediações do ICC Central, com comportamentos estranhos chamou a atenção do jovem, que o apelidou de ‘gato chapado’, pois possuía olhar vesgo, muito brilhante e atento para o teto do local, era arisco e não se misturava com os demais, além do andar trôpego e cambaleante”.

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O adolescente teria tido contato com o gato na universidade em 8 de junho
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Adolescente morreu em 30 de julho

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O adolescente teria tido contato com o gato na universidade em 8 de junho

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Veja a nota da família na íntegra: 

O que disse a UnB

A reportagem tentou contato via assessoria de imprensa da Universidade de Brasília (UnB) que informou, por meio de nota, que a Secretaria de Meio Ambiente (SeMA) da UnB notificou que os gatos do campus encontrados mortos são recolhidos e periciados pelo Hospital Veterinário da UnB. E que, em geral, os laudos estão relacionados ao ataque de cães e atropelamento.

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