Após bandeira vermelha, hospitais do DF retomam atendimento normal
HRL e HRG passaram por reavaliação, na manhã desta quarta-feira (26/10), e retomaram atividades normais, segundo a Secretaria de Saúde do DF
atualizado
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O Hospital da Região Leste (HRL), no Paranoá, e o Hospital Regional do Gama (HRG), que estavam em situação de bandeira vermelha, passaram por reavaliação da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), na manhã desta quarta-feira (26/10), e retomaram as atividades normais.
Na terça-feira (25/10), a SES-DF havia decretado bandeira no HRL, o que permitia receber apenas casos graves. A indicação aos pacientes era de que procurassem ajuda nas unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) ou em outras regiões administrativas.
Em nota enviada à reportagem, na terça-feira (25/10), a pasta havia informado que a medida foi necessária “em função de um aumento na demanda diária”. Entre as providências tomadas pela SES-DF, houve a emissão de um alerta à Central de Regulação da secretaria e ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), para redirecionamento dos pacientes.
“O uso das bandeiras é reavaliado de acordo com a cor. Para vermelha, é a cada hora; no caso da laranja, de duas em duas horas; e, se a cor for amarela, de seis em seis horas. Isso porque o cenário pode mudar nesses períodos ou em menos tempo”, detalhou a pasta.
Entenda as cores das bandeiras
Preta: decretada em casos que afetam a unidade hospitalar e não permitam o funcionamento mínimo da unidade de saúde, o que pode oferecer risco aos pacientes ou trabalhadores, como em caso de incêndio, contaminação, falha na estrutura do prédio. A classificação nessa cor cabe exclusivamente ao secretário de Saúde.
Vermelha: quando existem poucos leitos restantes para internação no serviço de emergência ou quando, por exemplo, não há mais pontos de oxigênio disponíveis no pronto-socorro. Nesses casos, apenas pacientes com pulseira vermelha serão atendidos.
Laranja: prevê atendimento apenas para pacientes com pulseira da mesma cor ou vermelha. O significado da cor é potencial risco de agravo do quadro, com necessidade de atendimento médico e assistência de enfermagem contínua.
Amarela: preserva a capacidade de atendimento para pacientes com pulseira da mesma cor — que permite atendimento no pronto-socorro por ordem de chegada —, bem como laranja e vermelha.
Verde: significa que há capacidade plena de atendimento no hospital. Pacientes com pulseiras verdes e azuis podem ter as demandas absorvidas pelas UPAs e unidades Básicas de Saúde (UBSs). O público classificado com uma das duas cores não têm prioridade no atendimento.
Reavaliação
As mudanças de classificação da situação dos hospitais ocorrem por diversos fatores, como movimentação de leitos ou altas precoces da demanda. Nesses casos, há encaminhamento para acompanhamento ambulatorial e articulação com emergências, em UPAs, UBSs e hospitais regionais.
A SES-DF destaca que as bandeiras decretadas nos hospitais não afetam o atendimento nas UPAs e UBSs. Por isso, pacientes sem gravidade devem buscar atendimentos nessas unidades, mais adequadas para quadros clínicos não urgentes.
Além disso, cirurgias eletivas e emergenciais não são afetadas pela decretação de bandeiras. Diretora de Urgências, Apoio Diagnóstico e Cirurgias da SES-DF, Juliana Leão Silvestre de Souza afirma que a medida permite a oferta de atendimento adequado e em tempo oportuno à população.
“Embora a decretação da bandeira vermelha restrinja temporariamente o atendimento às demais classificações, essa é uma ferramenta de sinalização da situação da unidade, sendo importante para usuários, gestores dos serviços de emergência, além dos órgãos de controle e regulação de urgências, como Samu e bombeiros”, detalhou Juliana.
Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)